Júlio diz que ninguém em MT é mais de direita que ele, mas critica radicalismo: "Frescos e bucais"

"Essa boçalidade é que tem que acabar aqui em MT"



Márcio Eça e Danilo Figueiredo do rufandobombonews 

Sem citar nomes, o deputado estadual Júlio Campos (União Brasil) afirmou que em Mato Grosso não há ninguém mais de direita do que ele. Em tom crítico, o parlamentar rechaçou o comportamento de alguns grupos de direita no Estado, que chamou de "frescos e bucais", referindo-se aos radicais bolsonaristas que, segundo ele, não aceitam sequer o diálogo com adversários políticos.

Campos relembrou sua longa trajetória política, destacando que sempre esteve ao lado de governos conservadores. “Fui da Arena quando o presidente era o general Médici, fui deputado federal no governo do general Geisel, fui governador no período do general Figueiredo, apoiei o presidente Sarney, o presidente Collor e tantos outros ligados ao campo da direita. Não precisam me ensinar o que é ser de direita”, afirmou.

O deputado também comentou um episódio que gerou críticas nas redes sociais, ao aparecer conversando com adversários políticos durante um jantar em Cuiabá. Segundo ele, o encontro aconteceu por coincidência, no mesmo restaurante onde participava do aniversário do deputado Gilmar Fabres. “Era o dia da vitória do Lula, havia um grupo comemorando com o ministro Fávaro, todos uniformizados. Nos encontramos ali e, democraticamente, conversamos. Quem acha que não podemos sequer conversar com o adversário não entende o que é democracia”, declarou.

Júlio Campos ainda disse que votou duas vezes em Jair Bolsonaro, doou dinheiro para a campanha e não se arrepende. “A última vez que ele pediu pix, eu fui o primeiro a mandar. Desse dinheiro que hoje sustenta o Eduardo Bolsonaro nos Estados Unidos, uma parte eu dei”, pontuou, alfinetando os bolsonaristas que, segundo ele, se comportam como se fossem os únicos representantes legítimos da direita.

Ao final, o deputado defendeu o diálogo e o equilíbrio: “Todo extremismo acaba em tragédia. A democracia é a arte da conversa. Fanatismo prejudica o país e isola a política. Precisamos de razão, não de histeria”.

 

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