- Pela Redação
- 29/05/2023
Andrea Maria Zattar
O ano está se encerrando: doze meses transcorridos e vividos, de janeiro a dezembro. O calendário da saúde apresenta, para cada mês, uma cor.
Mais importante do que as cores do calendário da saúde são as cores que cada pessoa carrega no coração. São elas que habitam a mente e moldam sentimentos.
Ao longo do ano, o Brasil se colore para lembrar que a vida exige cuidado, prevenção e coragem. Cada mês assume uma cor como forma de chamar atenção para temas que não podem ser adiados.
O calendário da saúde transforma o tempo em alerta e a informação em cuidado. Ele lembra que saúde não é apenas ausência de doença, mas presença de atenção, acolhimento e responsabilidade.
Janeiro Branco inaugura o ano chamando à reflexão sobre a saúde mental e emocional. O branco simboliza paz, renovação e a esperança de um novo começo. É um lembrete essencial de que uma mente cuidada é a base para enfrentar os desafios da vida.
Ainda em janeiro, o roxo destaca o combate à hanseníase, reforçando a importância do diagnóstico precoce, do enfrentamento ao estigma e do acesso ao tratamento gratuito oferecido pelo SUS.
Fevereiro traz o roxo da conscientização sobre o lúpus, o Alzheimer e a fibromialgia, além do laranja que alerta para a leucemia.
Março ganha o azul-escuro da prevenção do câncer colorretal e o lilás no combate ao câncer do colo do útero.
Abril se veste de azul pela conscientização sobre o autismo e de verde pela segurança e saúde no trabalho.
Maio une o amarelo da conscientização no trânsito ao vermelho da prevenção das hepatites virais.
Junho destaca o vermelho da doação de sangue e o laranja voltado à anemia e à leucemia.
Julho ilumina o amarelo das hepatites virais e do câncer ósseo, além do verde da prevenção do câncer de cabeça e pescoço.
Agosto se colore de dourado pelo incentivo ao aleitamento materno e de lilás na luta contra a violência à mulher.
Setembro reúne o amarelo da prevenção ao suicídio, o verde da doação de órgãos, o vermelho da saúde do coração e o dourado da conscientização sobre o câncer infanto-juvenil.
Outubro se pinta de rosa, símbolo mundial da luta contra o câncer de mama.
Novembro veste azul, lembrando o cuidado com o câncer de próstata, o diabetes, além do dourado voltado à causa infanto-juvenil, e, o laranja, saúde auditiva.
Dezembro encerra o ciclo com o vermelho do combate ao HIV/Aids e o laranja da prevenção do câncer de pele.
Cada uma dessas cores representa mais do que campanhas; carrega histórias reais de pessoas que encontraram na fé ou na ciência a força para continuar.
Porque o diagnóstico não é destino. Ele não tem o poder de sentenciar a vida de um ser humano. Todos os dias, a humanidade testemunha pequenos e grandes avanços: na medicina que evolui, na pesquisa que se aprofunda, na tecnologia que salva e na fé que sustenta o desejo de viver.
Por trás de cada cor, há histórias que continuam sendo escritas. Pessoas que enfrentam consultas, exames, medicações e incertezas. As campanhas existem para iluminar esses caminhos e lembrar que acolhimento também salva.
Todos podemos fazer a diferença, com um gesto simples, uma palavra de apoio, um olhar atento. Atitudes pequenas, mas capazes de sustentar quem atravessa dias difíceis.
Essas cores que percorrem o calendário não são apenas campanhas sazonais. São alertas que exigem seriedade, continuidade e humanidade. Cada mês traz uma urgência distinta, mas todas convergem para o mesmo propósito: informar, prevenir e cuidar.
As campanhas existem para promover prevenção e diagnóstico precoce. Isso não depende apenas de políticas públicas, mas também de escolhas individuais, ouvir o corpo, reconhecer os sinais e buscar atendimento quando necessário.
As cores mudam ao longo do ano, mas o compromisso permanece: cuidar de si, cuidar do outro e garantir que ninguém enfrente essa jornada sozinho.
Independentemente da crença, há algo que nos une. Os caminhos da vida se constroem entre ciência, fé e humanidade, abrindo espaço para renovação e transformação.
Que o ano que está por vir seja colorido, que ele venha carregado de todas as cores, visíveis e invisíveis, que habitam dentro de nós, fortalecendo a esperança e o amor ao próximo.
Andrea Maria Zattar é advogada trabalhista, previdenciarista.
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