- Pela Redação
- 29/05/2023
CNN Brasil
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) garantiu a aliados que não pretende substituir o ministro da Agricultura, Carlos Fávaro (PSD), para abrir espaço ao ex-presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), no governo. A possível indicação de Lira à pasta conta com o apoio da bancada do PP na Câmara, mas Lula já deixou claro que está satisfeito com o desempenho de Fávaro.
Diante dos rumores sobre uma troca no Ministério da Agricultura, Lula reforçou dentro do Palácio do Planalto que Fávaro tem conseguido manter um diálogo adequado com o setor agropecuário e entregar resultados satisfatórios. Além disso, o presidente não vê em Lira um nome que ampliaria esse contato com o agronegócio.
A declaração de Lula foi interpretada por aliados de Lira como um freio nas negociações para sua entrada no governo, já que não há outro ministério de peso disponível e o ex-presidente da Câmara não aceitaria um cargo de menor relevância.
Preocupação com Lira na oposição
Apesar de não abrir espaço para Lira no governo, auxiliares de Lula alertam para os riscos de mantê-lo "solto" na Câmara dos Deputados. Há receio de que, sem um cargo no Executivo, Lira possa reforçar sua atuação na oposição ao governo federal.
A CNN apurou que, mesmo com a resistência de Lula, Lira segue em articulação com líderes do PP para tentar garantir uma vaga no governo.
O fator Kassab e a resistência do PSD
A ofensiva do PP para emplacar Lira na Agricultura já havia sido bloqueada por Gilberto Kassab, presidente do PSD. Segundo articuladores do centrão, a ideia era que, caso o PSD cedesse a pasta da Agricultura, o partido pudesse indicar o deputado Antonio Brito ao Ministério do Desenvolvimento Social.
Brito, que é próximo do PT, chegou a disputar a presidência da Câmara, mas desistiu da eleição para apoiar o deputado Hugo Motta (Republicanos-PB). Sem apoio petista para assumir um cargo de maior destaque, sua nomeação ao Desenvolvimento Social também parece improvável no momento.
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