- Pela Redação
- 29/05/2023
O Globo
Considerado no meio político o “mais moderado” da família, o senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ) fez uma inflexão em seu discurso em relação à crise do tarifaço de Donald Trump. Após chegar a defender a suspensão das taxas, foi cobrado por aliados a engrossar a artilharia contra o Supremo Tribunal Federal (STF), que tem o irmão, o deputado federal licenciado Eduardo Bolsonaro (PL-SP) , como a voz mais eloquente. No entanto, enquanto o deputado tem mirado inclusive parlamentares e aliados, o senador busca manter pontes, especialmente com o Centrão, para uma possível candidatura presidencial em 2026.
Eduardo vem dividindo os ataques que faz ao ministro Alexandre de Moraes, do STF, com críticas a parlamentares e governadores. Esta semana, ele contrariou um pedido de Jair Bolsonaro e voltou a mirar no governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos). Também fez postagens e declarações contra o governador Romeu Zema (MG), senadores e o deputado Nikolas Ferreira (PL-MG). Na sexta-feira, o deputado condicionou sanções americanas a Davi Alcolumbre (União-AP) e Hugo Motta (Republicanos-PB), presidentes do Senado e da Câmara, a apoio a pautas bolsonaristas.
Veja os alvos de Eduardo na crise do tarifaço:
Tarcísio de Freitas: O governador de SP voltou a ser alvo de Eduardo por ter um líder na Alesp crítico a Bolsonaro. A alfinetada foi dada após uma trégua a pedido do ex-presidente. Eduardo discorda das negociações de Tarcísio contra tarifaço.
Romeu Zema: Depois de o governador de Minas dizer que Eduardo havia “criado um problema” para a direita com o tarifaço, o deputado disse que Zema pertencia a uma “turminha da elite financeira”.
Nikolas Ferreira: Para Eduardo, o deputado federal mineiro tem sido pouco ativo na defesa de Bolsonaro e não se engaja o suficiente na campanha contra Alexandre de Moraes organizada nos EUA.
Alcolumbre e Hugo Motta: Os presidentes do Senado, Davi Alcolumbre (foto), e da Câmara, Hugo Motta , foram alvos. Segundo Eduardo, os parlamentares poderiam sofrer sanções dos EUA se não atuarem por pautas bolsonaristas.
Senadores: Os senadores e ex-ministros Tereza Cristina e Marcos Pontes foram criticados por integrarem equipe que negociará tarifaço de Trump: “Desrespeito”.
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