Relatório da CPMI indicia 3 de Mato Grosso por atos golpistas do 8 de janeiro

Bolsonarista de carteirinha



Redação 

A Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) dos Atos Golpistas anunciou o indiciamento do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) e de vários indivíduos de Mato Grosso relacionados aos ataques que ocorreram em Brasília e na Praça dos Três Poderes, no Congresso Nacional. A sessão que deliberou sobre esses indiciamentos teve lugar nesta terça-feira (17).

Entre os indiciados estão figuras proeminentes, como Antônio Galvan, o atual presidente da Associação dos Produtores de Soja e Milho Brasil, Lucas Costa Beber, vice-presidente da Aprosoja Brasil, e Alan Diego dos Santos Rodrigues, um morador de Sinop que enfrenta acusações de explodir uma bomba nas proximidades do aeroporto de Brasília em 24 de dezembro de 2022.

Ao Portal O DOCUMENTO, Galvan chegou negar ter qualquer envolvimento com os atos antidemocráticos e a informação de que ele teria financiado a manifestação seria falsa. “Totalmente errônea e não viu nada do que a Abin fez, se fez né? Saiu uma matéria no O Globo, mas a realidade é uma só não temos relação com atos antiterroristas nenhum, nunca participamos, nem no oito de janeiro e nem no Sete de Setembro, não estava em organização, inclusive estava participando de eleição, e não estava participando de nenhum no brasil inteiro, graças a Deus”, disse ele.

De acordo com o portal O Globo, ao qual afirma ter tido acesso à informação conta nos relatórios sigilosos da Agência Brasileira de Inteligência (ABIN), dois grupos foram identificados: um de produtores rurais e um núcleo de pessoas identificadas como “incitadoras” da depredação de prédios públicos no início deste ano.

Mato Grosso também tem vários outros cidadãos que foram denunciados e se tornaram réus devido a seu envolvimento nos atos golpistas de 8 de janeiro, quando houve a invasão da sede dos Três Poderes, incluindo o Congresso Nacional, o Supremo Tribunal Federal (STF) e o Palácio do Planalto. Esses atos resultaram na depredação desses prédios públicos.

Durante os depoimentos realizados pela CPI, diversos participantes dos atos golpistas afirmaram que a intenção subjacente era que o Exército assumisse o controle do país por meio da declaração do Estado de Sítio, efetivamente estabelecendo um governo militar.

Entenda

Os ataques de 8 de janeiro foram conduzidos por indivíduos insatisfeitos com a vitória e posse do presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Os participantes desses atos antidemocráticos, munidos de pedaços de pau e pedras, causaram danos significativos às sedes dos Três Poderes.

As forças de segurança, incluindo a Polícia Militar, tentaram conter os manifestantes bolsonaristas com o uso de spray de pimenta. No entanto, os manifestantes conseguiram invadir as áreas cercadas que protegiam esses espaços públicos, resultando em danos substanciais.

Os manifestantes partiram de um quartel do Exército em direção aos edifícios dos Três Poderes. Em 9 de janeiro, todas as pessoas que estavam acampadas durante os protestos foram presas, incluindo aproximadamente uma centena de mato-grossenses.

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