Operação “Pedra 90 em Ordem” combate criadouros do Aedes aegypti e aplica multas

Redação 

A Prefeitura de Cuiabá realizou, nesta quarta-feira (26), a Operação Pedra 90 em Ordem, com o objetivo de combater criadouros do mosquito Aedes aegypti, transmissor da dengue, zika e chikungunya. Durante a ação, que fiscalizou sucatões, borracharias, comércios de recicláveis, oficinas e terrenos particulares no bairro Pedra 90, foram emitidos 13 autos de infração e quatro termos de suspensão de atividade.

A operação foi conduzida pela Secretaria Municipal de Ordem Pública (SORP) e pela Secretaria Municipal de Saúde (SMS), como parte do Programa Fiscaliza e Cuida. De acordo com Kelly Barros, diretora de Atividades Ambientais e Urbanísticas da SORP, o bairro tem a maior incidência de notificações de arboviroses na cidade, incluindo casos de dengue e chikungunya.

> “Estamos atuando nos bairros com maior incidência de arboviroses para conter a proliferação dessas doenças. Além de fiscalizar comércios para verificar licenças e normas sanitárias, também vistoriamos residências para eliminar possíveis focos do mosquito transmissor”, explicou Kelly.

Multas e interdições

Durante a operação, foram vistoriados cinco imóveis comerciais e uma residência. Em um dos locais, os fiscais flagraram a queima de lixo em área pública, prática proibida pelo artigo 493 da Lei Complementar 004. O responsável foi autuado e multado em R$ 1.228,27.

Já um estabelecimento que operava sem alvará de funcionamento e licenciamento sanitário e ambiental teve suas atividades suspensas. O proprietário terá 10 dias para apresentar defesa.

A bióloga Camila Benedito da Silva Viana, da Unidade de Vigilância em Zoonoses, ressaltou a importância das fiscalizações em locais estratégicos, como ferros-velhos e recicladoras, que podem abrigar larvas do mosquito.

> “Encontramos diversas irregularidades, como acúmulo de água e sucatas. Esses locais são visitados quinzenalmente pelos agentes de combate às endemias, pois apresentam alto risco de proliferação do Aedes aegypti”, afirmou Camila.

Situação social e limpeza urbana

Em um imóvel na Rua 17, Quadra 107, os fiscais encontraram grande quantidade de lixo acumulado, incluindo sofás e garrafas que podem servir como criadouros do mosquito. A situação dos moradores chamou a atenção da equipe, que constatou dificuldades financeiras e sociais.

> “A Prefeitura precisará intervir. Vamos acionar a Limpurb para remover o entulho. Além disso, os moradores se comprometeram a construir um muro para evitar o despejo irregular de lixo no local”, informou o secretário adjunto de fiscalização, Robson Santos.

A operação reforça a necessidade da colaboração da população no combate ao Aedes aegypti, mantendo terrenos e imóveis limpos para evitar a proliferação do mosquito e a transmissão de doenças.