Livro que celebra vida de Humberto Espíndola será lançado nesta terça-feira na assembleia Legislativa

Vida e obra



Redação com assessoria 


Um dos mais respeitados artistas brasileiros e também um dos grandes incentivadores da arte mato-grossense, Humberto Espíndola e sua “Bovinocultura” são celebrados no livro “O Mítico e o Político na Obra de Humberto Espíndola”.

A obra, que será lançada na próxima terça-feira (17.10), a partir das 19h na Assembleia Legislativa de Mato Grosso (ALMT), marca seu 80º aniversário e chega 50 anos após o pintor ter criado, junto com a crítica de arte Aline Figueiredo, o Museu de Arte e de Cultura Popular (MACP) da UFMT.

Com 322 páginas, a publicação de luxo orquestrada pela editora Entrelinhas traz textos e analises da crítica de arte, doutora em Estudos Latino-americanos e ex-diretora do Museu de Arte Contemporânea do Paraná, Mariza Bertoli. Sob os cuidados da editora Maria Teresa Carracedo, o livro reúne mais de uma centena de obras de Humberto Espíndola, desde o início de sua carreira, além de imagens raras do artista.  

“Este ano tive o privilégio de completar 80 anos, 55 deles dedicados às artes plásticas. Fico muito honrado em receber essa Moção de Aplausos do deputado Beto Dois a Um, e agradecido em poder publicar esse livro tão significativo para a cultura de Mato Grosso e que reúne uma grande quantidade de trabalhos realizados ao longo de meio século. Agradeço muito ao Governo de Mato Grosso por acreditar nesse trabalho e a dedicação da minha querida editora, Maria Teresa Carracedo”, destaca Humberto Espíndola.

O lançamento do livro faz parte das comemorações do octogésimo aniversário do artista mato-grossense que receberá, em sessão solene, Moção de Aplauso da Assembleia Legislativa pelos inúmeros serviços prestados à cultura de Mato Grosso e pelo lançamento dessa obra literária que expõe vida e obra de um dos principais nomes das artes plásticas no Centro-Oeste do Brasil.  

A obra contou com o apoio da gestão atual da Secretaria de Estado de Cultura, Esporte e Lazer (Secel-MT) para sua publicação, mas o projeto foi abraçado antes disso, quando o titular da pasta era o hoje deputado estadual Beto Dois a Um. 
“Este livro celebra a vida e a obra de Humberto Espíndola em uma edição de qualidade inquestionável, que impressiona pelo esmero editorial. Ao incursionarmos pela trajetória de Humberto, nos lançamos também em uma viagem pela história da arte mato-grossense, que tem o artista como um dos seus principais protagonistas”, destaca o parlamentar.

Sobre o apoio da Secel-MT para a realização desse projeto de tamanha grandeza para as artes e a cultura de Mato Grosso, a editora Maria Teresa Carracedo comenta:

“Esse apoio foi fundamental e penso que inaugura um novo momento para os artistas de Mato Grosso ao valorizar obra e trajetória artística com uma publicação de padrão internacional como nunca antes, seja no estado de Mato Grosso ou Mato Grosso do Sul”.

Além de Humberto Espíndola e Aline Figueiredo - uma das mais importantes críticas de arte do Brasil, animadora cultural e companheira de jornada de Espindola -, toda a equipe que contribuiu para a produção do livro receberá a honraria da ALMT.

Humberto Espindola

Humberto Espíndola nasceu em Campo Grande (MS), em 1943, criando e desenvolvendo o tema Bovinocultura desde 1967. Com ele conquistou uma posição histórica no capítulo da descentralização da arte brasileira, virando referência. Obteve prêmio na 11ª Bienal Internacional de São Paulo (1971), integrou a representação brasileira na 36ª Bienal de Veneza (Itália); na 3ª Bienal de Arte Coltejer em Medellín (Colômbia/1972); na 1ª Bienal Latino-americana de São Paulo/Mitos e Magia; na 1ª Bienal Iberoamericana de Pintura (México/1978); na 1ª Bienal de Havana (Cuba/1984); na 2ª Bienal Internacional de Cuenca (Equador/1989).

Participou, entre muitas outras exposições, de mostras em Havana, Nova York, Venezuela, Santiago, La Paz, Quito. Em diversas coletivas nacionais obteve muitas premiações. Realizou várias mostras individuais em Cuiabá, Campo Grande, Corumbá, Bonito, Rio de Janeiro, São Paulo, Brasília, Curitiba e Londrina.

Foi indicado à 6ª Bienal de Paris, quando a representação brasileira foi impedida pela censura (1969); recebeu o prêmio Melhor do Ano (na categoria pintura) pela Associação Paulista de Críticos de Arte, em 1977. Foi artista convidado no 7º Salão Nacional de Artes Plásticas, realizado no Museu de Arte Moderna do Rio de Janeiro em 1984; recebeu Homenagem Especial da Associação Brasileira de Críticos de Arte, por sua contribuição à cultura brasileira, em 2004.

Em 1973, Humberto fundou com a crítica de arte Aline Figueiredo o Museu de Arte e de Cultura Popular da UFMT, que dirigiu até 1982. Em 1974, criou o mural do Palácio Paiaguás, sede do governo de Mato Grosso, com 371 metros quadrados, obra icônica que fará, em 2024, 50 anos.

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