Compadre Washington, do É o Tchan, é acusado de transfobia durante show em Belém

POLÊMICA



Entretê

Um vídeo que viralizou nas redes sociais nesta semana mostra Compadre Washington tendo um diálogo polêmico com uma fã. Durante show realizado em Belém, no dia 8 deste mês, o cantor convidou uma mulher trans para o palco e pediu para que ela dissesse como se chamava. "Ketlen", respondeu. Então, o artista comentou que gostaria de saber o nome de batismo da jovem. "Realeza Ketlen, a única do leque", replicou.

O líder da banda É o Tchan insistiu, mas dessa vez entonando uma voz feminina. "Amiga, fala a verdade para a tia, você foi batizada com que nome?". Ao escutar Ketlen novamente, ele rebate: "Mentira sua, mamãe não batizou você assim. Eu sou batizada como Washington de dia, e de noite sou Michele. Tá? Então fala a verdade, qual seu nome original?".

Desse modo, Ketlen informou o seu "nome morto" --nome civil ou outro nome anterior de uma pessoa transgênero ou não binária sem seu consentimento.

Na manhã desta quinta-feira, 20, Compadre Washington gravou um vídeo dizendo que tais "brincadeiras" não fazem mais parte do "mundo que vivemos agora". Ele também pediu desculpas à Ketlin e quem se ofendeu.

Em nota, a entidade Trans Empregos classificou o episódio como lamentável e relembrou que o Brasil segue como um dos países que mais mata pessoas trans no mundo e que muitas vezes essa violência não é somente física. 

"O nome social é um direito e uma questão de dignidade. Ele representa a identidade real das pessoas trans e deve ser respeitado em todos os espaços. Negar esse direito ou ridicularizá-lo publicamente não é brincadeira, é violência", diz parte do comunicado da entidade.

0 Comentários

Faça um comentário

Seu endereço de e-mail não será publicado. Os campos obrigatórios estão marcados* *

Veja Também