Saiba o rito do julgamento no STF que pode tornar Bolsonaro e 7 aliados réus

1ª Turma do STF marcou três sessões para decidir se aceita acusação da PGR



G1

A Primeira Turma do Supremo Tribunal Federal (STF) vai dedicar três sessões, entre terça (25) e quarta-feira (26), para decidir se aceita denúncia contra o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) e outros sete acusados de tentativa de golpe de Estado em 2022.

Segundo a Procuradoria-Geral da República (PGR), essas pessoas fazem parte do "núcleo crucial" da organização criminosa. Integram esse grupo:

 

  1. Jair Bolsonaro, ex-presidente;
  2. Alexandre Ramagem, ex-diretor-geral da Agência Brasileira de Inteligência (Abin);
  3. Almir Garnier Santos; ex-comandante da Marinha do Brasil;
  4. Anderson Torres; ex-ministro da Justiça e ex-secretário de Segurança Pública do Distrito Federal;
  5. General Augusto Heleno; ex-ministro do Gabinete de Segurança Institucional da Presidência;
  6. Mauro Cid; ex-chefe da Ajudância de Ordens da Presidência;
  7. Paulo Sérgio Nogueira, ex-ministro da Defesa; e
  8. Walter Souza Braga Netto, ex-ministro da Casa Civil.

Os cinco ministros da Primeira Turma vão decidir se recebem ou não a denúncia contra Bolsonaro e os sete aliados. Os oito são acusados de terem cometido cinco crimes:

 

  1. golpe de Estado
  2. abolição violenta do Estado Democrático de Direito
  3. organização criminosa armada
  4. dano qualificado
  5. e deterioração de patrimônio tombado.

 

Se for rejeitada, a acusação será arquivada. Se a acusação for aceita pela Primeira Turma, será aberta uma ação penal e os denunciados vão se tornar réus no tribunal.

g1 explica nesta reportagem como será o rito de julgamento. As sessões estão marcadas para a terça-feira (25), às 09h30 e às 14h; e, para quarta-feira (26), às 09h30.

O passo a passo

 

Veja em tópicos como será a análise da denúncia contra Bolsonaro e os aliados.

 

  1. a primeira sessão será aberta pelo presidente da Primeira Turma, ministro Cristiano Zanin;
  2. na sequência, será lido o relatório pelo ministro Alexandre de Moraes. O documento reúne informações sobre o andamento das investigações;
  3. autora da denúncia, a PGR deve apresentar suas considerações sobre o caso. A chamada sustentação oral terá 30 minutos de duração e será feita pelo procurador-geral, Paulo Gonet.
  4. os advogados dos acusados vão apresentar seus argumentos. Cada representante terá 15 minutos, em ordem a ser definida pelo presidente da Turma, Cristiano Zanin;
  5. o relator, Alexandre de Moraes, começa a votar sobre as chamadas questões preliminares – são questionamentos processuais levantados pela defesa, como competência do colegiado para julgamento, por exemplo;
  6. os outros quatro ministros da Turma votam sobre as preliminares. Apresentam seus votos nesta ordem: Flávio DinoLuiz FuxCármen Lúcia e Cristiano Zanin, que preside o colegiado.
  7. o relator, então, analisa o mérito da denúncia, ou seja, se manifesta diretamente sobre o pedido de abertura de ação penal;
  8. os demais ministros votam no mérito. Apresentam seus votos nesta ordem: Flávio Dino, Luiz Fux, Cármen Lúcia e Cristiano Zanin.

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