Prefeito leva à CPI provas de possível direcionamento em contrato da CS Mobi

CPI da CS Mobi



Redação com assessoria 

O prefeito de Cuiabá, Abilio Brunini (PL), participou nesta quarta-feira (24) da CPI da CS Mobi, na Câmara Municipal, e apresentou documentos que, segundo ele, comprovam irregularidades desde a origem do contrato de R$ 650 milhões firmado ainda na gestão passada.

 

Abilio destacou que a empresa vencedora da licitação, em 2019, já havia apresentado o projeto à Prefeitura antes mesmo do processo. Para o chefe do Executivo, isso compromete a lisura do certame.

 

“Um contrato que começa errado não tem direito adquirido. Se o processo não segue o princípio da administração pública, não pode gerar vantagem à empresa em detrimento da cidade. Por isso, acredito que teremos que romper judicialmente esse contrato”, afirmou.

 

Segundo o prefeito, a CS Mobi obteve aditivos que garantiram margem de lucro superior a R$ 300 milhões, representando um desequilíbrio de até 873%. Parte desse ganho, apontou, decorre do uso do Fundo de Participação dos Municípios (FPM) como garantia contratual, o que já compromete receitas essenciais. “No mês passado, foram sequestrados R$ 5 milhões diretamente da fonte. No retrasado, mais R$ 5 milhões. Recursos que poderiam ir para saúde, educação, esporte e cultura”, disse.

 

Abilio também fez um alerta nacional a prefeitos e gestores: “Fiquem atentos quando empresas desse modelo chegam oferecendo projetos prontos. Vão prender o município por 30 anos. Defendam com unhas e dentes o orçamento da sua cidade”.

 

Durante a sessão, vereadores ressaltaram a importância das informações apresentadas pelo prefeito para a investigação e criticaram a ausência da CS Mobi, que não enviou representante oficial, apesar da presença de um funcionário identificado na plateia.

 

Ao final, o prefeito reafirmou disposição em contribuir com os trabalhos da CPI: “Estou à disposição para participar de novas reuniões, junto com a empresa, com o Tribunal de Contas e com a sociedade. O importante é que encontremos uma solução comum para Cuiabá”.

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