- Pela Redação
- 29/05/2023
Redação do rufandobombonews
O ministro da Agricultura, Carlos Fávaro (PSD), classificou como “ação politiqueira” a reunião de governadores de direita realizada para discutir a crise da segurança pública no Brasil, especialmente diante da situação no Rio de Janeiro.
> “Essa é uma medida que me parece muito mais politiqueira. Porque, se fosse de verdade um movimento dos governadores preocupados com o problema da segurança pública no Brasil, eles estariam chamando os 27 governadores”, afirmou o ministro.
Para Fávaro, a segurança pública é um tema nacional e deve ser tratado de forma conjunta, sem distinção partidária. “Se o problema é brasileiro e todos têm que se unir para enfrentar, é independente de ideologia ou de sigla partidária. Um movimento que faz um apartheid, uma exclusão, e quer falar só entre um grupinho, não me parece verdadeiro, e sim politiqueiro”, completou.
Participantes
A reunião — que marca a criação de um novo pacto entre estados — contou com os seguintes governadores e autoridades:
Cláudio Castro (PL-RJ) — governador do Rio de Janeiro, anfitrião do encontro.
Romeu Zema (Novo-MG) — governador de Minas Gerais.
Jorginho Mello (PL-SC) — governador de Santa Catarina.
Ronaldo Caiado (União Brasil-GO) — governador de Goiás.
Eduardo Riedel (PP-MS) — governador de Mato Grosso do Sul.
Tarcísio de Freitas (Republicanos-SP) — governador de São Paulo, participou por videoconferência.
Celina Leão (Progressistas-DF) — vice-governadora do Distrito Federal, participou do encontro.
Também foram citados como convidados: Mauro Mendes (União Brasil-MT) e Ratinho Júnior (PSD-PR).
O que foi discutido
Os governadores anunciaram o lançamento do chamado “Consórcio da Paz”, uma iniciativa de cooperação entre estados para troca de informações de inteligência, apoio financeiro e contingente policial no combate ao crime organizado.
O cenário que motivou o encontro foi a operação policial no Rio — a Operação Contenção — que deixou pelo menos 121 mortos nos complexos do Alemão e da Penha.
O grupo também criticou a proposta de emenda à constituição (PEC) da segurança pública, enviada pelo governo federal, alegando que ela representaria uma tentativa de centralização das políticas de segurança nas mãos da União, diminuindo a autonomia dos estados.
Alguns governadores defenderam que as facções criminosas deveriam ser tratadas como organizações terroristas — posição que diverge da linha federal. Também cobraram reforço nas fronteiras, mais recursos e maior flexibilidade para os estados reagirem às suas realidades locais.
O consórcio prevê compras conjuntas de equipamentos, intercâmbio de dados e coordenação interestadual, mas até aqui sem formal convite ou participação de todos os estados ou do governo federal.
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