- Pela Redação
- 29/05/2023
Sêmia Mauad
Mato Grosso lidera o ranking de queimadas no Brasil, e concentrou 21% da área queimada no país, entre os meses de janeiro e agosto deste ano. Já são mais de 2 milhões de hectares consumidos pelas chamas.
Além dos prejuízos a fauna e a flora, temos prejuízos também na nossa saúde. Entenda por quê:
Você já ouviu falar de disruptores endócrinos? São substâncias químicas que podem interferir no nosso sistema hormonal. Podem ser encontrados em produtos como pesticidas, plásticos, cosméticos e alimentos. No caso das queimadas, são liberadas uma variedade de poluentes, incluindo partículas finas, dióxido de carbono e outras substâncias tóxicas, que afetam o equilíbrio hormonal, prejudicando o eixo hipotálamo-gonadal, crucial para a regulação da fertilidade, tanto de mulheres quanto de homens. A exposição a substâncias químicas disruptoras pode reduzir a função ovariana e testicular, dificultando a concepção natural.
Isso porque os níveis de estresse oxidativo no corpo por conta das queimadas aumenta, o que leva a danos nas células reprodutivas (óvulos e espermatozoides). A consequência disso é a redução da fertilidade, além do aumento do risco de abortos espontâneos e complicações na gravidez.
Além disso, a qualidade do ar péssima por conta das toxinas, podem trazer alterações no desenvolvimento fetal, e aumento do risco de cânceres hormonais.
E como a nutrição pode ajudar?
A nutrição pode desempenhar um papel importante na proteção do corpo contra os efeitos dos disruptores endócrinos, especialmente em situações onde a exposição a esses compostos tóxicos aumenta, como em áreas afetadas por queimadas. Embora a nutrição não possa eliminar a exposição a essas substâncias, uma dieta equilibrada e rica em nutrientes pode fortalecer o corpo, ajudar na desintoxicação e minimizar os danos causados por essas toxinas.
Sêmia Mauad é nutricionista, pós-graduada em Nutrição Materno Infantil.
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