Câncer colorretal e a importância do diagnóstico precoce

NÍVEA SANTOS



Nívea Santos

O câncer colorretal é uma das formas mais comuns de câncer, afetando tanto homens quanto mulheres. Compreender sua origem, identificar sintomas precoces, realizar um diagnóstico preciso e optar pelo tratamento adequado são etapas cruciais para aumentar as chances de cura e melhorar a qualidade de vida dos pacientes. Este artigo, escrito por uma médica especialista, visa fornecer uma visão abrangente sobre o câncer colorretal.

A doença se origina no cólon ou no reto, que são partes do intestino grosso. Ele geralmente começa como pólipos benignos, que são crescimentos anormais na mucosa intestinal. Com o tempo, alguns desses pólipos podem se transformar em câncer. A transformação ocorre devido a mutações genéticas que levam ao crescimento descontrolado das células.

Entre os principais fatores de risco estão a idade, sendo que a maioria dos casos ocorre em pessoas com mais de 50 anos; ter familiares de primeiro grau com câncer colorretal aumenta o risco; condições como colite ulcerativa e doença de Crohn, que são doenças inflamatórias intestinais; e o estilo de vida, dieta rica em gorduras e pobre em fibras, sedentarismo, obesidade, consumo excessivo de álcool e tabagismo.

Os sintomas do câncer colorretal podem variar e nem sempre são perceptíveis nos estágios iniciais. É importante estar atento a sinais como alterações nos hábitos intestinais, sangue nas fezes, desconforto abdominal, perda de peso inexplicável, fadiga e fraqueza.

O diagnóstico precoce é fundamental para o tratamento eficaz do câncer colorretal. As principais técnicas de diagnóstico incluem colonoscopia, teste de sangue oculto nas fezes (TSOF), tomografia computadorizada (TC), ressonância magnética e PET scan para avaliar a extensão do câncer, entre outros.

Tratamento

O tratamento do câncer colorretal depende do estágio da doença, da localização do tumor e da saúde geral do paciente. Como opções de tratamento estão a cirurgia para remoção do tumor, e, se necessário, de partes do cólon ou reto. Em casos avançados, pode ser preciso uma colostomia. E também a quimioterapia, radioterapia, terapia alvo e imunoterapia.

Prevenção

A prevenção é uma ferramenta poderosa contra o câncer colorretal. Faça colonoscopias regulares a partir dos 45 anos ou antes, se houver histórico familiar. Consuma dieta rica em fibras, frutas, vegetais e grãos integrais. Mantenha uma rotina regular de exercícios físicos. Evite álcool e tabaco. E, por fim, controle o peso para evitar a obesidade, que é um fator de risco.

O câncer colorretal, embora comum, pode ser tratado eficazmente quando detectado precocemente. É essencial estar atento aos sintomas, realizar exames regulares e adotar um estilo de vida saudável. Se você tem fatores de risco ou está preocupado com sua saúde intestinal, consulte um médico especialista para uma avaliação completa.

Nívea Santos é cirurgiã geral e endoscopista.

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