Colheita de milho da segunda safra começa com expectativa de mais uma grande produção em MT, avalia IMEA

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A colheita do milho em Mato Grosso atingiu 49,45% nos 7,4 milhões de hectares de área plantada nesta safra 2022/2023, conforme dados do Instituto Mato-grossense de Economia Agropecuária (Imea). São esperadas a colheita de 50,1 milhões de toneladas do cereal.

Nesta quarta-feira (12) foi iniciada oficialmente a colheita nacional do milho de segunda safra, na Fazenda Jaqueline, em Cláudia (568 km de Cuiabá). O evento é realizado pela Associação dos Produtores de Soja e Milho de MT (Aprosoja-MT), Associação Brasileira dos Produtores de Milho (Abramilho) e pelo Canal Rural.

Vice-presidente da Abramilho e anfitrião do evento, Zilto Donadello, destaca que a produção do cereal no Brasil deve ser de 125 milhões de toneladas na safra 2022/23. Desse montante, a segunda safra é a mais representativa: 96 milhões de toneladas, 12% a mais que na safra anterior, quando foram 85 mi de toneladas.

“Este salto se deve a ousadia dos produtores em investir em tecnologias com variedades com maior potencial produtivo, fertilizantes, biológicos, correção de solos, dentre outras ações”, destaca Zilto.

Apesar da grande produção, o vice-presidente da Abramilho pontua que isso não é novidade, pois a realidade brasileira é de safras cada vez mais expressivas.

Por outro lado, a grande safra de milho volta a evidenciar os desafios do setor, em especial em Mato Grosso, que é o maior produtor de grãos do Brasil. Zilto lembra que o estado do Centro-Oeste enfrenta muitos problemas logísticos, em razão da distância dos portos e também do déficit de armazenagem, que é de 56%.

A capacidade de armazenagem é insuficiente para guardar, por exemplo, somente a safra de milho do Estado. Enquanto a produção pode superar as 50 milhões de toneladas, a capacidade de armazenamento é de apenas 46 milhões de toneladas, segundo a Conab.

“Com número de produção como estes, que saltam aos olhos, também enfrentamos problemas com a logística de transporte e armazenagem. No transporte, ainda dependemos do modal rodoviário, o mais carro do mundo, já o modal ferroviário vem sendo construído, porém a passos lentos devido à burocracia nas licenças ambientais”, afirma.

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