Conheça A curiosa história da ilha linda (e amaldiçoada) na França

No golfo de Morbihan, esta pequena ilha privada com uma história sombria tem motivos de sobra para desencorajar os visitantes a se aventurarem por lá



POR CASA VOGUE

Do caso Xavier Dupont de Ligonnès ao caso Troadec, o oeste da França não sofre com a falta de eventos marcantes para alimentar a imprensa local. E isso sem contar a discreta ilha de Boëdic, no sul da Bretanha, situada no coração do Morbihan, cuja história é particularmente rocambolesca. Com apenas 11 hectares de extensão, esta pequena porção de terra teria se separado do continente, ao largo de Vannes, mais especificamente de Arradon, uma das comunas mais abastadas da região. Desde tempos imemoriais, Boëdic alimenta os rumores mais estranhos, nos quais, por vezes, é difícil distinguir a verdade da lenda popular, entre prisões, sequestros e mortes inexplicáveis.  

Monges misteriosos

 

A história de Boëdic teria começado com a ocupação de monges, "silhuetas misteriosas e encapuzadas [que] percorriam o local ao amanhecer, quando a névoa ainda pairava durante as primeiras orações", descreve a Paris Match em um artigo. Esse cenário sombrio teria, por muito tempo, dissuadido os pescadores de se aventurarem na ilha. Terra agrícola no século XVIII, e depois senhorial no século XIX, a ilha abriga um castelo construído com pedras extraídas do golfo de Morbihan; uma grande mansão com três andares, um jardim e uma fazenda.

 

Um fantasma gravado na rocha

 

A lenda conta que uma rocha esculpida em uma das duas praias representaria o rosto de um prisioneiro exilado em Boëdic, que teria tentado deixar sua marca na história esculpindo-se. Na realidade, a escultura seria obra do "Bigorneau", o monge "patrono" da ilha, modelada pelos operários construtores da prefeitura no meio do século XIX. Desde então, a superstição diz que cada navio que passa por lá deve tocar sua buzina, e os marinheiros devem beber vinho branco, para garantir que a viagem seja tranquila.

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