- Pela Redação
- 29/05/2023
Danilo Figueiredo do local e Márcio Eça da redação
A tensão entre o prefeito eleito de Cuiabá, Abílio Brunini (PL), e o vereador reeleito Jefferson Siqueira (PSD) alcançou novos desdobramentos, após trocas de farpas acaloradas no plenário da Câmara Municipal em torno da eleição para a mesa diretora. Abílio já havia declarado publicamente que não aceitaria uma presidência comandada por Jefferson, sinalizando sua preferência pela vereadora eleita Paula Calil, também do PL, para ocupar a posição.
Jefferson, em contrapartida, rejeitou o que classificou como tentativa de imposição por parte de Abílio, enfatizando que a Câmara não deveria se tornar um "puxadinho do Alencastro" — uma alusão ao Palácio Alencastro, sede do poder executivo de Cuiabá. Em uma escalada de declarações, o prefeito eleito chegou a sugerir o envolvimento de facções criminosas na disputa pela mesa diretora, insinuando que, caso Jefferson assumisse a presidência, o diálogo entre o executivo e o legislativo seria interrompido.
Na manhã desta terça-feira, 12 de novembro, Jefferson convocou uma coletiva de imprensa e apresentou um documento no qual afirma estar acionando judicialmente Abílio no Tribunal Regional Federal da 4ª Região (TRF4) e no Supremo Tribunal Federal (STF). Segundo ele, o prefeito eleito utilizou-se de sua prerrogativa como deputado federal para levantar suspeitas sobre o envolvimento de parlamentares com facções criminosas, o que ele considera uma atitude antidemocrática e difamatória.
Jefferson acusou Abílio de contradição ao pregar valores de democracia e liberdade enquanto adota uma postura autoritária e seletiva em relação ao diálogo com o parlamento. “Esse não é o Abílio que, tempos atrás, estava em Brasília, levantando a bandeira do Brasil, representando o Mato Grosso, dizendo que queria democracia, sem censura, direito à liberdade, dizendo ‘amor, pátria, família’. Que democracia é essa que o Abílio está pregando? Qual democracia ele está defendendo agora? Dizendo à imprensa que não vai conversar com a Câmara, caso eu seja eleito presidente desta Casa”, declarou Jefferson, enfatizando a incoerência entre o discurso e as ações do prefeito eleito.
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