Jayme denuncia “apartheid fiscal” e mira gestão Mauro Mendes

Redação 

O senador Jayme Campos (União Brasil) decidiu abdicar de qualquer tom moderado e abriu de vez o discurso de campanha ao Governo de Mato Grosso com críticas diretas — ainda que sem citar nomes — à gestão do governador Mauro Mendes, que já declarou apoio ao vice, Otaviano Pivetta.

Nesta segunda-feira (24), Jayme atacou frontalmente a política fiscal do atual governo, classificando-a como injusta e concentrada em “grupinhos de poder econômico”. O senador afirmou que Mato Grosso vive um “apartheid”, onde poucos “bacanas” acumulam privilégios enquanto a população comum arca com a conta.

“Vocês sabiam que Mato Grosso tem 50 bacanas que não pagam FETAB? E o coitadinho que vende 100 sacos de soja, duas vacas, três bois gordos, paga. Mato Grosso tem R$ 14 bilhões em incentivos fiscais. Para quê? Só para os bacanas?”, disparou.

Jayme também criticou a situação da saúde pública e relatou pedidos de ajuda para conseguir uma vaga de UTI em Peixoto de Azevedo, afirmando que pacientes estão morrendo por falta de estrutura. “O Estado não pode ser para alguns. Mato Grosso precisa de um governo que olhe para os humildes, para os pobres, não para gente com poder econômico gigantesco”, afirmou.

O senador concluiu sugerindo que parte do empresariado exerce influência indevida na gestão estadual. “Não falei o nome, mas você sabe a quem me refiro”, provocou.