- Pela Redação
 - 29/05/2023
 
                        Redação
O secretário de Estado de Fazenda, Rogério Gallo, conhecido como o “homem que tem a chave do cofre” do governo de Mato Grosso, explicou por que o Executivo é contra o reajuste salarial de 6,8% aos servidores do Tribunal de Justiça (TJMT), proposta que pode ser votada nesta semana pela Assembleia Legislativa.
Segundo Gallo, a aprovação do aumento provocaria um “efeito cascata” sobre outras categorias do funcionalismo público, criando um precedente difícil de sustentar financeiramente. “Se um teve, por que o outro não pode ter?”, questionou o secretário, destacando que o impacto não se limita ao orçamento atual, mas também às contas futuras do Estado.
Ele afirmou que o reajuste precisa ser analisado sob a ótica previdenciária, considerando o efeito sobre aposentadorias e pensões. “Essas decisões não impactam amanhã nem depois. Vão impactar lá na frente, quando estivermos sem dinheiro, com a queda de arrecadação provocada pela reforma tributária”, alertou.
Com tom de ironia, Gallo comparou a possível crise fiscal a um “shutdown” como ocorre nos Estados Unidos: “O que nós vamos fazer? Vender picolé na rua?”.
De acordo com ele, o governo precisa se preparar para um cenário de arrecadação “decadente” nos próximos anos, evitando medidas que comprometam a sustentabilidade financeira do Estado.
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