- Pela Redação
- 29/05/2023
Danilo Figueiredo do local e Márcio Eça da redação
O presidente da Comissão de Constituição, Justiça e Redação (CCJR) da Assembleia Legislativa de Mato Grosso (ALMT), deputado Eduardo Botelho (União Brasil), defendeu nesta terça-feira (22) a manutenção do voto secreto em determinadas votações no Parlamento estadual, especialmente na análise de vetos do Executivo.
Segundo Botelho, o sigilo do voto é essencial para garantir a liberdade de consciência dos parlamentares em decisões que, muitas vezes, envolvem forte pressão externa. “Se faz parte do processo legislativo, eu acho muito importante a derrubada de veto, conta de governo, tudo ser voto secreto. Ali, naquele momento, o deputado vota livre de pressão, vota com a consciência dele. Eu acho muito importante para a democracia aquilo ali”, disse.
O deputado também rebateu críticas feitas por setores que defendem maior transparência nas votações. Sem citar nomes diretamente, respondeu a questionamentos sobre a senadora Margareth Buzetti (PSD), que recentemente se posicionou contra o voto secreto. “Vamos respeitar, cada um tem sua opinião. Democracia é isso. A minha é que o voto secreto é o momento em que a Assembleia pode ser totalmente independente”, pontuou.
Botelho ressaltou ainda que a prática tem contribuído para decisões mais autônomas do Legislativo. “Tem tido várias derrubadas de veto, porque é secreto. Se não fosse, eu não sei se derrubaria alguma.”
Ao ser indagado se a pressão de galerias lotadas ou movimentos organizados interfere nas votações, ele foi direto: “Claro que influencia. Quantas vezes o cara muda o voto quando está lá a galeria cheia e o povo gritando? Claro que muda. Claro que influencia. Influencia todo mundo.”
Por fim, ao ser questionado sobre como votou em determinada matéria, o deputado preferiu manter o sigilo: “Voto é secreto. Em respeito a todos os outros que votaram, prefiro que seja mantido dessa forma.”
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