- Pela Redação
- 29/05/2023
Cristhiane Athayde
Empreender nunca foi para os fracos, mas agora a disputa não acontece apenas nas vitrines ou nos feeds. Ela está no campo silencioso, mas decisivo, do Instituto Nacional da Propriedade Industrial (INPI). Dados recentes do Boletim Mensal da Propriedade Industrial acenderam um alerta vermelho: os pedidos de registro de marcas em 2024 cresceram 10,3% em relação ao ano anterior, atingindo 444.037 solicitações.
Isso não é só uma estatística. É o termômetro da guerra por espaço e identidade no mercado. E você, onde está nessa corrida? Já tentou nomear sua marca? Parece simples, mas está longe disso. Com menos nomes disponíveis a cada dia e a concorrência criativa mais feroz do que nunca, registrar sua ideia não é um extra. É sobrevivência. Se você não agir rápido, alguém pode reivindicar o que deveria ser seu – e aí, adeus sonho, adeus futuro.
E o cenário vai além das marcas. Pedidos de desenhos industriais subiram 3,1%; programas de computador deram um salto impressionante de 25,5%; e as topografias de circuitos integrados explodiram em 500%! Enquanto isso, áreas como patentes e contratos de tecnologia estiveram em declínio. A mensagem é clara: proteger sua identidade visual e digital não é só uma tendência, é prioridade máxima.
Agora, pense no impacto direto para você. Registrar sua marca não é sobre ter um certificado de papel na gaveta. É blindar sua ideia, proteger seu esforço e resguardar tudo que você construiu. Sem isso, sua empresa fica vulnerável a cópias descaradas, disputas legais e até fraudes que podem derrubar seu negócio. Não é um detalhe. É o escudo que separa você do fracasso.
Quer um cenário real? Imagine lançar um e-commerce com um nome que você ama. O negócio decola, os clientes se apaixonam pela marca, as vendas disparam. Mas, de repente, uma notificação chega: outra empresa registrou aquele nome antes. Você é obrigado a parar, mudar tudo e, talvez, ainda pagar por danos. O que era sucesso vira pesadelo. E o custo emocional e financeiro? Incalculável.
Mas nem tudo está perdido. A boa notícia é que ainda dá tempo. Mas é preciso ser rápido. O mercado não para e, na corrida pelas melhores ideias, quem hesita perde. Registrar sua marca, logo e até aquele slogan poderoso não é luxo. É a base de um negócio sólido. E com os parceiros certos, o processo não precisa ser um terror burocrático – ele pode ser simples e seguro.
Empreender é mais do que vender um produto ou serviço. É criar uma marca que inspire confiança e desperte desejo. Mas isso só é possível se você tiver total propriedade sobre o que é seu. Antes de colocar sua ideia no mercado – ou mesmo se já está lá – pergunte-se: minha marca está protegida? Se a resposta for “não” ou “não sei”, a hora de agir é agora.
Sua criatividade é valiosa demais para ficar desprotegida. Faça das suas ideias uma fortaleza. Faça delas o ponto de partida para um futuro que ninguém pode roubar.
Cristhiane Athayde é empresária e diretora da Intelivo Ativos Intelectuais
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