Promotor cita sofrimento desnecessário à vítima e espera aumento de pena a frentista que matou ex a facadas

TRIBUNAL DO JÚRI



O promotor de Justiça Vinícius Ghayva, representante do Ministério Público do Estado (MPE) no Tribunal do Júri que vai julgar Antônio Aluísio Conceição Maciano, frentista que matou a ex-companheira, Emily Bispo da Cruz, afirmou pouco antes da sessão iniciar que a expectativa do órgão é que a Justiça acolha todas as qualificadoras imputadas contra o algoz, para que sua pena seja aumentada. A sessão de julgamento ocorre nesta quinta-feira (10), presidida pela juíza Mônica Perri. Antônio está sendo representado pela defensoria pública, porque seus advogados deixaram o caso alegando motivos pessoais.

O promotor destacou o sofrimento que a jovem passou no momento do crime, bem como as duas horas que se passaram até ela morrer, o que levou à imputação na denúncia da qualificadora de utilização do meio cruel, na medida que o algoz impôs à vítima dor “absolutamente desnecessária”.

Apontou ainda que uma absolvição sobre o ocorrido não se compatibiliza com qualquer expectativa do Ministério Público, que espera o acolhimento das agravantes.

“A gente vê que ela foi morta com muito sofrimento, ela ainda levou duas horas até morrer. Uma das qualificadoras apresentadas pelo Ministério Público é justamente a utilização do meio cruel, na medida que impõe a vítima o sofrimento absolutamente desnecessário e uma absolvição disso não se compatibiliza em hipóteses concretas como no caso. A expectativa do Ministério Público é que acolhida as qualificadoras e as causas de aumento de pena”, afirmou o promotor, minutos antes do início do julgamento.

Antônio foi denunciado no dia 30 de março pelo homicídio cometido “por motivo torpe, cruel, mediante recurso que impossibilitou a defesa da vítima". Ainda segundo o MPE, "por razão da sua condição de sexo feminino (o que caracteriza qualificadora de feminicídio), ceifou a vida de Emilly Bispo da Cruz, e ainda na presença física de seu descendente”.

No dia 16 de março, uma câmera de segurança flagrou o ocorrido. Era por volta das 6h55 quando Emily estava a caminho da escola do filho, de três anos. Neste momento ela foi abordada pelo ex-namorado. Ele chegou em uma Honda Bis preta e partiu para cima da vítima com a faca em uma das mãos. Enquanto Emily era golpeada, o filho segurava sua mão. Ele desferiu 14 facadas contra a ex-companheira, que não resistiu aos ferimentos.

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