- Pela Redação
- 29/05/2023
Danilo Figueiredo do local e Márcio Eça da redação
Durante audiência pública realizada nesta segunda-feira (19), na Assembleia Legislativa de Mato Grosso, o promotor de Justiça Milton Matos, do Núcleo da Saúde de Cuiabá, manifestou preocupação com o futuro da Santa Casa de Misericórdia, especialmente com o possível encerramento da ala de oncologia infantil.
Segundo o promotor, ainda não há garantias de que o novo Hospital Central, previsto para ser inaugurado em setembro, absorverá os serviços hoje prestados pela Santa Casa. “O Hospital Central vai realizar cirurgias oncológicas, mas o tratamento contínuo, que é feito na Santa Casa, não será contemplado”, alertou.
Matos destacou que o Hospital de Câncer já enfrenta dificuldades para atender a demanda do estado, mesmo com o aporte financeiro do governo. Ele teme que o fechamento da Santa Casa agrave a situação, deixando crianças sem tratamento oncológico adequado.
Outro ponto levantado pelo promotor foi o pronto atendimento pediátrico e os leitos de UTI neonatal e pediátrica atualmente em funcionamento na Santa Casa. “Ainda não há estrutura pronta no Centro Médico Infantil para substituir esse atendimento, e faltam UTIs na rede pública”, afirmou.
O Ministério Público defende que, antes de qualquer decisão sobre o encerramento das atividades da Santa Casa, o governo do estado apresente um plano claro sobre como e onde esses serviços essenciais serão mantidos. “A transição precisa ser planejada com responsabilidade. A saúde das crianças não pode esperar”, concluiu.
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