- Pela Redação
- 29/05/2023
Redação do rufandobombonews
O governador Mauro Mendes classificou como "hediondo e bárbaro" o feminicídio da terapeuta capilar Gleici Keli Geraldo, de 42 anos, morta com seis facadas pelo engenheiro agrônomo Daniel Frasson, de 36 anos, na manhã desta terça-feira (24) em Lucas do Rio Verde (334 km de Cuiabá).
Mendes declarou: “O feminicídio é um crime terrível, bárbaro, que só tem um jeito: aumentar a pena e executar rapidamente essa pena que depende do Judiciário.” Ele reforçou que o compromisso do Executivo é identificar todos os casos de feminicídio em Mato Grosso e cobrar da polícia empenho total para dar suporte à Justiça.
Ele fez um apelo para que o Judiciário seja ágil: “Tem que executar essa prisão rápida, tem que ser sentenciado rápido e colocar essas pessoas na cadeia. As pessoas precisam voltar a ter respeito e medo das penas nesse país.” Mendes destacou que a sensação de impunidade no Brasil tem crescido e ressaltou que somente com punição exemplificada será possível mudar a cultura da violência.
O governador também mencionou o mérito da senadora Margareth, que conseguiu aprovar no Senado o aumento das penas para feminicidas, podendo chegar a até 40 anos de prisão. Entretanto, pontuou que o sucesso da lei depende da execução célere das sentenças.
Para Mendes, não se trata apenas de fiscalização ou controle — "não vamos colocar um policial em cada casa" — mas de transformar o cenário de violência a partir da certeza de punição. Ele traçou um paralelo com países como Japão e Coreia do Sul, que adotam penalidades extremas, inclusive a pena de morte. “No Brasil, somos comandados pela hipocrisia… o Estado brasileiro não tem coragem de tomar decisões e fazer leis que realmente mudem essa cultura da impunidade no nosso país”, denunciou.
O governador concluiu destacando que é preciso coragem política para enfrentar a impunidade e garantir que, dentro de cada lar, a violência não tenha espaço — só assim será possível assegurar que quem cometer feminicídio estará preparado para enfrentar consequências concretas.
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