- Pela Redação
- 29/05/2023
Da Redação
O Governo de Mato Grosso, por meio da Empresa Mato-grossense de Pesquisa, Assistência e Extensão Rural (Empaer), segue investindo na pesquisa agrícola de mandioca.
No Centro Regional de Pesquisa e Transferência de Tecnologias (CRPTT), em Tangará da Serra, pesquisadores trabalham atualmente com 1.800 mudas de mandioca em sistema de vasos, que serão posteriormente transferidas para o campo. Além disso, cerca de cinco hectares da área são dedicados à cultivares de mandioca de mesa e para a indústria.
As atividades contam com o apoio da Secretaria de Estado de Agricultura Familiar (Seaf) e têm como foco o desenvolvimento de cultivares mais produtivos, tanto em termos de rendimento de raízes quanto de qualidade para o consumo. A parceria entre Seaf e Empaer reforça o papel da pesquisa pública no fortalecimento da agricultura familiar e no desenvolvimento de soluções adaptadas à realidade dos produtores
Para a secretária de Agricultura Familiar, Andreia Fujioka, as pesquisas são determinantes para o suporte aos produtores.
“A pesquisa desenvolvida pela Empaer é estratégica para a agricultura familiar. Trabalhar com variedades que proporcionem maior produtividade e qualidade significa aumentar a renda do produtor de pequena escala e garantir segurança alimentar nas comunidades rurais”, destacou.
O presidente da Empaer, Suelme Fernandes, reforçou o compromisso do Estado com a inovação no campo.
“Estamos investindo em ciência e tecnologia para transformar a realidade da agricultura familiar em Mato Grosso. Essa iniciativa em Tangará da Serra é um exemplo de como o conhecimento técnico pode gerar resultados concretos para o produtor”, avaliou.
A engenheira agrônoma e pesquisadora da Empaer, Dolorice Moreti, que lidera os trabalhos com a cultura da mandioca no centro, explicou os objetivos da pesquisa.
“Essa área é um espaço de avaliação de materiais genéticos de mandioca para indústria e de mesa. No caso da mandioca para indústria, buscamos identificar os materiais mais produtivos em raízes e com maior teor de amido, o que garante melhor rendimento na produção de farinha. Já nas variedades de mesa, avaliamos tanto a produtividade quanto o tempo de cozimento, o que ajuda no planejamento do plantio e colheita”, explicou.
Segundo a pesquisadora, a orientação técnica permite ao agricultor tomar decisões mais estratégicas.
“O produtor precisa saber quando plantar e colher, não apenas para planejar as atividades, mas também para aproveitar os períodos de melhores preços no mercado. Nas nossas avaliações, temos materiais com potencial produtivo variando de 30 até 60 toneladas por hectare, dependendo das condições de solo e manejo”, ressaltou.
Estudos da Empaer indicam que a raiz é a segunda mais importante da cadeia produtiva no estado, representando fonte de renda, comida e ingrediente para farinhas tanto em áreas urbanas quanto rurais.
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