- Pela Redação
- 29/05/2023
Redação
O Conselho Regional de Medicina de Mato Grosso (CRM-MT) protocolou, nesta quarta-feira (12), um pedido formal para a abertura de um processo de cassação do mandato do vereador de Várzea Grande, Kleberton Feitosa. O parlamentar é acusado de invadir áreas restritas do Hospital e Pronto-Socorro Municipal de Várzea Grande (HPSMVG) na semana passada, além de constranger e difamar uma médica que estava em pleno exercício da sua função.
Além da solicitação à Câmara Municipal, o CRM-MT informou que tomará medidas judiciais contra o vereador. O presidente da entidade, Diogo Sampaio, destacou que imagens do circuito interno do hospital comprovam que a médica injustamente acusada de abandonar o plantão permaneceu na unidade durante todo o período. “Ela cumpriu com seu plantão e estava atendendo os pacientes da unidade”, afirmou.
As imagens mostram que, no momento em que o vereador gritava pelos corredores, a médica estava na sala de descanso. Assustada com a abordagem, ela se escondeu no banheiro da sala, saindo apenas após a chefia da unidade lhe garantir apoio. Em seguida, retornou ao consultório, onde o vereador, pouco depois, invadiu o local.
Diante dos fatos, Sampaio ressaltou que há uma clara quebra de decoro por parte do parlamentar, além de um episódio de assédio, intimidação e constrangimento contra a profissional. O CRM-MT acompanhará de perto o desenrolar do caso na Câmara Municipal e não descarta novas ações.
O presidente do Conselho também criticou a postura do presidente da Câmara de Várzea Grande, que saiu em defesa de Feitosa e descartou a abertura de um processo antes mesmo de analisar o caso. “Se ele impedir o andamento do nosso requerimento na Comissão de Ética da Câmara, iremos ingressar com ações judiciais contra ele, pois isso poderia configurar o crime de prevaricação. Vamos até as últimas consequências para garantir que esse tipo de violência contra os médicos seja interrompido”, concluiu.
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