Comerciantes alegam prejuízos com obras do BRT e querem isenção de impostos estaduais.

Obras do BRT



A Gazeta/ Silvana Bazani 

A Diminuição na frequência de clientes e queda de até 50% nas vendas são alguns impactos para as empresas instaladas às margens das principais vias onde está sendo implantado o BRT (Bus Rapid Transit). Tipo de transporte mais rápido que o ônibus comum, o BRT deverá ligar o Terminal do CPA, na Capital mato-grossense, ao novo Terminal de Várzea Grande, na cidade metropolitana. Outro corredor será entre o Terminal do Coxipó e o centro de Cuiabá. As obras de instalação do modal, que completam quase um ano desde que foram iniciadas em Várzea Grande, tornaram caótica a circulação de veículos e de pedestres nas duas cidades, principalmente na avenida do CPA, uma das “artérias” do tráfego na capital de Mato Grosso.  

 

Desde quando começaram as obras do BRT na avenida do CPA, as vendas despencaram 50% na loja da rede supermercadista Curió. “Virou um caos e o movimento (de clientes) foi muito afetado”, afirma o gerente geral da rede de supermercados Curió, Roberto Felisbino de Faria.  

 

Interdições em outras vias, como na avenida Miguel Sutil para adequações no viaduto do CPA, agravam o problema. A rede supermercadista Curió mantém 5 unidades na Capital e investiu R$ 11 milhões na loja mais recente, instalada há dois anos na avenida do CPA. “Temos indústria de panificação nesse local e, às vezes, os produtos congelados derretem no transporte até a empresa por causa dos congestionamentos”, expõe Faria.  

 

“É a 2ª vez em 10 anos que a população passa por isso em Cuiabá”, relembra o gerente, em referência à interrupção na implantação do VLT (Veículos Leve sobre Trilhos), modal que deveria ter sido concluído em 2013, mas foi substituído pelo atual BRT, após desvios de R$ 1 bilhão em recursos públicos e brigas judiciais, inclusive entre a prefeitura de Cuiabá e o governo de Mato Grosso.  

 

“As vendas caíram muito desde que as obras começaram. Os clientes da região desistem de vir porque demoram mais de 30 minutos para conseguir atravessar a avenida do CPA”, acrescenta a gerente da pet shop Ame Mais, Dyeiner Pinheiro. “Além disso, quando chove, alaga aqui dentro. Por isso, vamos mudar no mês que vem”, informa. A transição de endereço da empresa será feita após 3 anos instalada na avenida do CPA.    

 

“Para mim, as vendas caíram em torno de 15%. Os clientes diminuem com tanta dificuldade”, diz a microempreendedora Eduarda Eloíze, que mantém um quiosque na avenida do CPA onde vende água de coco, salgados e café.  

 

0 Comentários

Faça um comentário

Seu endereço de e-mail não será publicado. Os campos obrigatórios estão marcados* *

Veja Também