Braço-direito de Zampieri pode ter sido a primeira vítima do Comando G, aponta PF

Execução de advogado



A Polícia Federal está aprofundando as investigações sobre um grupo criminoso suspeito de envolvimento em dois homicídios relacionados a um esquema de venda de decisões judiciais. Os agentes apuram se o autodenominado Comando G – sigla para "Caça a Comunistas, Corruptos e Criminosos" – é responsável não apenas pela morte do advogado Roberto Zampieri, ocorrida em dezembro de 2023, mas também pelo assassinato de Marcelo da Silva, braço direito de Zampieri, morto meses antes.

 

Segundo a PF, Zampieri teria desempenhado um papel central nas denúncias que revelaram a existência de um esquema de comercialização de sentenças judiciais, envolvendo figuras do meio jurídico e empresarial. O assassinato do advogado, executado de forma planejada, levantou suspeitas sobre a motivação política e estratégica do crime.

 

Com o avanço das apurações, surgiram indícios de que o Comando G, grupo extremista com discurso de combate à corrupção e ao comunismo, teria se articulado para eliminar pessoas consideradas "ameaças" aos seus interesses e às redes de influência investigadas. A possível conexão entre os dois assassinatos é tratada como prioridade pela PF, que busca esclarecer se as mortes fazem parte de uma ação coordenada para silenciar delatores ou envolvidos no esquema.

 

As investigações seguem sob sigilo, mas a Polícia Federal já realizou diligências, quebras de sigilo e apreensões relacionadas aos integrantes do grupo. O caso pode revelar uma rede mais ampla de crimes envolvendo grupos paramilitares, interesses políticos e corrupção no Judiciário.

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