Para 35%, Lula é o principal culpado por tarifaço imposto pelos EUA, diz Datafolha

GUERRA TARIFÁRIA



Correio Braziliense

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) é visto como o principal culpado pela taxa de 50% aplicada pelos Estados Unidos a produtos brasileiros por 35% dos entrevistados na pesquisa Datafolha, divulgada neste sábado (16/8).

Já o ex-presidente Jair Bolsonaro é culpado para 22% das pessoas. O deputado federal licenciado Eduardo Bolsonaro (PL-SP), que está nos EUA, é responsabilizado por 17% dos ouvidos no levantamento. Juntos, os dois membros da família Bolsonaro chegam na marca de 39%. 

Em quarto lugar aparece o ministro do Supremo Tribunal Federal, Alexandre de Moraes, com 15%.

Ainda nesse sentido, 7% não souberam responder, enquanto que para 3% nenhuma das pessoas listadas é responsável. Já 1% disse que todos — Lula, Bolsonaro, Eduardo e Moraes — são culpados pelo tarifaço.

O Datafolha ouviu 2.002 pessoas em 113 municípios, entre os dias 11 e 12 de agosto. A margem de erro é de 2 pontos percentuais, para mais ou para menos. O nível de confiança é de 95%.

A tensão entre Brasil e Estados Unidos começou em 9 de julho, quando Trump anunciou tarifas de 50% sobre os produtos brasileiros, e as justificou por uma suposta "caça às bruxas" no Brasil contra o ex-presidente Bolsonaro, que será julgado em setembro no Supremo Tribunal Federal por tentativa de golpe de Estado.

Reação do governo brasileiro

Na quarta-feira (13/8), o presidente Lula assinou a Medida Provisória Brasil Soberano. A iniciativa, que agora está com o Congresso, propõe uma série de ações voltadas ao enfrentamento das consequências das tarifas impostas pelo governo de Donald Trump a exportações do Brasil.

"A gente vai continuar teimando em negociar. Porque nós gostamos de negociar. E nós não queremos conflito. Se tiver mais coisas, nós vamos fazer para os trabalhadores. Porque nesse país, a gente aprendeu que ninguém larga a mão de ninguém. A única coisa que precisamos exigir é que a soberania é intocável”, afirmou Lula.

Na solenidade de assinatura da medida provisória, o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, classificou o tarifaço de Donald Trump a produtos do Brasil como uma “retaliação injustificável do ponto de vista político e econômico”.

"O Brasil é está sendo sancionado por ser mais democrático do que o seu agressor. É uma situação inédita e muito incomum no mundo”, pontuou.

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