- Pela Redação
- 29/05/2023
Metrópoles
O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, afirmou na manhã desta segunda-feira (16/12), que o presidente Luís Inácio Lula da Silva atuará para evitar a desidratação das medidas fiscais, presentes no pacote de corte de gastos do governo, enviado ao Congresso Nacional. A afirmação foi feita depois de visita de Haddad a Lula, na casa do presidente, no Alto de Pinheiros, bairro nobre de São Paulo.
Haddad afirmou quem encontrou o presidente bem-disposto e ambos despacharam sobre três temas: a questão fiscal, a reforma tributária e projetos das reformas microeconômicas, que precisam ser votados nesta semana.
“Expus para ele a situação da reforma tributária, o estado da arte, o que está para ser decidido pela Câmara, agora em caráter definitivo”, afirmou o ministro. “Também tratamos das questões das medidas fiscais. Apresentei para ele os relatores, como é que a gente vai tentar encaminhar, a necessidade de votação nesta semana, e alguns projetos das reformas microeconômicas.”
Haddad acrescentou que expôs o quadro para Lula desses três blocos. “Coloquei ele a par também da situação de cada um deles no Senado e na Câmara”, disse. “Para que ele pudesse eventualmente julgar a conveniência de tomar alguma providência, de algum telefonema tranquilizador para acelerar as coisas.”
Sobre a questão fiscal, Haddad disse que está fazendo um “apelo” para que as “medidas não sejam desidratadas”. “Temos aí um conjunto de medidas que garante a robustez do arcabouço fiscal”, disse. “Estamos muito convencidos de que vamos continuar cumprindo as metas fiscais nos próximos anos.”
O ministro observou que, “para a surpresa de alguns, vamos cumprir a meta de 2024”. “Não fosse o contratempo que tivermos com Perse (Programa Emergencial de Retomada do Setor de Eventos) e a desoneração da folha, nós teríamos nesse primeiro ano, no Orçamento do governo em Lula, superávit primário”, afirmou Haddad.
Questionado por jornalistas, o ministro da Fazenda observou que Lula pode atuar para evitar a desidratação das medidas fiscais. “É o que ele falou”, disse. “Ele pediu um quadro detalhado para falar com os líderes para garantir que não tenha desidratação nas medidas fiscais e que a reforma tributária possa ser sancionada neste ano.”
Em relação à reforma tributária, Haddad tratou com Lula de pontos como armas e bebidas açucaradas. Ambas ficaram fora do Imposto Seletivo, que fixa uma taxação adicional. “Discutimos com ele alguns detalhes que preocupavam mais, (como) a questão das armas e das bebidas açucaradas”, disse. “Expus todos os detalhes do que está alterado para que ele avalie a conveniência de eventualmente orientar os líderes da base.”
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