Lula adia novamente indicação ao STF e viaja para a COP30 em Belém

SUBSTITUTO DE BARROSO



Correio Braziliense

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) adiou, mais uma vez, a indicação do nome que ocupará a vaga deixada por Luís Roberto Barroso no Supremo Tribunal Federal (STF). O favorito continua sendo o ministro da Advocacia-Geral da União (AGU), Jorge Messias, aliado próximo do presidente. Lula embarca neste sábado (1º/11) para Belém (PA), onde cumpre agenda voltada à preparação da 30ª Conferência das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas (COP30).

A aposentadoria de Barroso, oficializada em 18 de outubro, abriu uma das cadeiras mais cobiçadas da Suprema Corte. Desde então, o Palácio do Planalto vinha sinalizando que a decisão sairia até o fim do mês, o que acabou não se confirmando. Com a nova viagem de Lula, a definição deve ficar para depois de seu retorno.

a última terça-feira (28/10), o presidente voltou de uma série de compromissos na Ásia e se reuniu com o presidente do Senado, Davi Alcolumbre (União-AP), para discutir a indicação. O senador defende o nome de Rodrigo Pacheco (PSD-MG), atual presidente do Congresso, para o posto. Lula, contudo, deseja que Pacheco dispute o governo de Minas Gerais em 2026, o que tem travado as negociações.

Minas Gerais é considerado estratégico para a reeleição de Lula, por ser o segundo maior colégio eleitoral do país. O PT ainda não tem um nome competitivo no estado, e a candidatura de Pacheco poderia facilitar a construção de alianças locais. O presidente, portanto, busca equilibrar os interesses políticos regionais com a composição do Supremo.

Desde o início do mês, Lula vem adiando a definição. Além da sobrecarga na agenda, o presidente tem preferido conduzir a escolha com cautela, diante da importância simbólica e institucional da vaga. Após a indicação, o nome escolhido ainda precisará passar por sabatina na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) do Senado e, em seguida, pelo plenário.

Nos bastidores, aliados dão como certa a nomeação de Jorge Messias. Considerado leal e de extrema confiança do presidente, o advogado de 45 anos poderá permanecer no Supremo até 2055, quando completará a idade-limite de 75 anos para aposentadoria compulsória.

0 Comentários

Faça um comentário

Seu endereço de e-mail não será publicado. Os campos obrigatórios estão marcados* *

Veja Também