- Pela Redação
- 29/05/2023
g1
O ex-presidente Jair Bolsonaro divulgou uma nota na manhã desta quinta-feira (14) em que lamenta e repudia as explosões na área central de Brasília, em frente ao Supremo Tribunal Federal, na noite de quarta (13).
Francisco Wanderley, de 59 anos, morreu na Praça dos Três Poderes após uma sequência de explosões. O corpo só foi retirado do local na manhã desta quinta, porque policiais ainda tentavam identificar se havia mais explosivos nos trajes. Não houve outros feridos.
Francisco Wanderley Luiz — Foto: Reprodução/Redes sociais
Na nota divulgada, Bolsonaro chama o caso de um "triste episódio" e um "fato isolado", e diz que o acontecimento "nos deve levar à reflexão".
Até as 9h30 desta quinta, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva ainda não havia se manifestado publicamente sobre o tema. Na noite de quarta, ele se reuniu com ministros do STF e do governo.
"Já passou da hora de o Brasil voltar a cultivar um ambiente adequado para que as diferentes ideias possam se confrontar pacificamente, e que a força dos argumentos valha mais que o argumento da força. A defesa da democracia e da liberdade não será consequente enquanto não se restaurar no nosso país a possibilidade de diálogo entre todas as forças da nação", afirma Bolsonaro.
Ao longo do mandato, e nos dois anos desde que deixou a Presidência da República, Bolsonaro protagonizou conflitos públicos com os ministros do Supremo Tribunal Federal – a quem sempre acusou de agirem politicamente.
Em junho de 2020, apoiadores de Bolsonaro lançaram fogos de artifício na direção do prédio do STF, em Brasília, e chegaram a ser presos por atos antidemocráticos.
Em 8 de janeiro de 2023, apoiadores do ex-presidente invadiram a sede do STF, o Palácio do Planalto e o Congresso Nacional e depredaram os prédios públicos. Nos vídeos, os vândalos gritavam palavras de ordem contra o presidente Lula e os ministros do Supremo.
Na nota desta quinta, Bolsonaro afirma que "instituições têm um papel fundamental na construção desse diálogo e desse ambiente de união".
"Por isso, apelo a todas as correntes políticas e aos líderes das instituições nacionais para que, neste momento de tragédia, deem os passos necessários para avançar na pacificação nacional. Quem vai ganhar com isso não será um ou outro partido, líder ou facção política. Vai ser o Brasil", encerra o presidente.
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