- Pela Redação
- 29/05/2023
g1
Partidos do Centrão têm sugerido ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) ocupar um dos chamados ministérios palacianos. E alegam que isso poderia melhorar a relação do governo com o Congresso.
Esses ministérios são assim conhecidos por ficarem no Palácio do Planalto, mesmo prédio do gabinete do presidente Lula.
As pastas palacianas são: Casa Civil, Secretaria-Geral da Presidência, Secretaria de Relações Institucionais (SRI), Secretaria de Comunicação Social (Secom) e Gabinete de Segurança Institucional (GSI). Seus ministros são considerados bem próximos do presidente.
O Centrão é um bloco informal que reúne parlamentares de legendas de centro e centro-direita.
Segundo um interlocutor, os partidos de centro avaliam que com um nome de fora do PT em uma das pastas seria possível melhorar o diálogo e a governabilidade. A informação já teria chegado ao presidente.
As siglas reclamam que os atuais titulares não repassam a Lula os termos de negociações com parlamentares e que isso acaba gerando desgastes desnecessários de Lula com o parlamento.
Nesta semana, Paulo Pimenta, filiado ao PT, anunciou a saída da Secom para dar lugar ao marqueteiro Sidônio Palmeira, que não é filiado ao partido, mas ligado ao presidente Lula.
Tirando o GSI, que é comandado pelo general Amaro e considerado um cargo técnico, as outras três pastas têm na titularidade nomes do Partido dos Trabalhadores.
Cresce na Esplanada o comentário de que Márcio Macêdo pode deixar a Secretaria-Geral da Presidência. Pimenta, de saída da Secom, sinalizou a interlocutores que não quer voltar para a Câmara e que tem interesse na vaga.
No entanto, a avaliação é de que o destino de Pimenta não foi selado justamente porque os partidos de centro disputam o espaço.
Nomes como do líder do MDB na Câmara, Isnaldo Bulhões (MDB-AL), e do atual ministro de Portos e Aeroportos, Silvio Costa Filho (REP-PE), são lembrados como que poderiam desempenhar a função, por terem boa interlocução no Congresso.
Atualmente, a Secretaria-Geral cuida do relacionamento da presidência com movimentos sociais. Mas lideranças do Centrão afirmam que isso pode mudar de acordo com a vontade do presidente. E que, em outros governos, esse mesmo ministério ajudava na articulação política.
Por essa lógica, a presença de um nome dos partidos de centro, na opinião dessas lideranças, ajudaria a melhorar a governabilidade.
O Centrão também aceitaria a Secretaria de Relações Institucionais, apesar de poucas sinalizações de que Alexandre Padilha possa deixar a pasta.
Pessoas ligadas ao governo lembram que o atual ministro da Defesa, José Múcio Monteiro, na época do PTB, foi o titular da pasta em parte do segundo governo Lula.
Múcio sucedeu outro nome de fora do PT que também cuidava do relacionamento com deputados e senadores — Walfrido dos Mares Guia, também do PTB na época.
Em entrevista à GloboNews, o ministro da Casa Civil, Rui Costa, afirmou que se houver reforma ministerial ela ocorrerá antes da próxima reunião ministerial no dia 21 de janeiro.
O que fez crescer ainda mais a expectativa por possíveis mudanças tanto na Esplanada quanto no Palácio.
0 Comentários
Faça um comentário