- Pela Redação
- 29/05/2023
g1
O papa Leão XIV canonizou Carlo Acutis, conhecido agora como o primeiro santo da geração millennial, em cerimônia no Vaticano neste domingo (7).
Esta foi também a primeira cerimônia de santificação conduzida pelo pontífice, eleito para o posto mais alto da Igreja Católica em maio. Segundo estimativas do Vaticano , mais de 80 mil pessoas acompanharam à missa na Praça de São Pedro.
* Com a canonização, ele passa a ser chamado de santo. Para a Igreja Católica, essa classificação significa reconhecer que a pessoa viveu de forma santa e está no céu.
“Todos vocês, todos nós juntos, somos chamados a ser santos”, disse o pontífice à multidão. Para o líder da Igreja Católica, este é “um convite para todos nós, especialmente para os jovens, a não desperdiçar nossas vidas, mas a direcioná-las para o alto e transformá-las em obras-primas", continuou o pontífice.
Na mesma cerimônia, o papa canonizou Pier Giorgio Frassati, um jovem italiano conhecido por ajudar os necessitados e que morreu de poliomielite na década de 1920.
Na abertura do evento, Leão XIV disse que Acutis e Frassati eram exemplos de santidade e de auxílio aos necessitados.
"Carlo… gostava de dizer que o céu sempre nos esperou, e que amar o amanhã é dar o melhor de nós hoje", afirmou também o papa.
Papa Leão XIV cumprimenta a multidão após a canonização de Carlo Acutis no Vaticano — Foto: Guglielmo Mangiapane/Reuters
Segundo o Vaticano, 36 cardeais, 270 bispos e centenas de padres se inscreveram para celebrar a missa ao lado de Leão, em um sinal do enorme apelo dos novos santos tanto para a hierarquia quanto para os fiéis comuns.
* Chamado de padroeiro da internet, Acutis conquistou uma legião de devotos e ganhou fama por usar seu talento em computação para evangelizar online.
* O jovem aprendeu programação para criar sites e divulgar a fé católica. Sua trajetória passou a inspirar especialmente os jovens da Igreja.
Ele morreu aos 15 anos, em 12 de outubro de 2006 — dia de Nossa Senhora Aparecida, padroeira do Brasil —, vítima de leucemia.
Acutis foi beatificado em 2020 pelo Vaticano, após a Igreja reconhecer seu primeiro milagre: a cura de uma criança brasileira que tocou em uma relíquia sua em 12 de outubro de 2010, em Campo Grande (MS).
Pessoa segura uma obra de arte com o rosto de Carlo Acutis no dia em que o papa Leão XIV celebra uma missa solene pela canonização do jovem — Foto: Matteo Minnella/Reuters
Quem foi Carlo Acutis
Nascido em Londres, na Inglaterra, Carlo Acutis foi criado em Milão, na Itália, onde ainda criança tornou-se católico e devoto da Virgem Maria.
“Desde pequeno, sobretudo depois da primeira comunhão, nunca faltou ao encontro diário com a Santa Missa e o Rosário, seguidos de um momento de adoração eucarística”, declarou a mãe, Antonia Acutis, à agência de notícias católica ACI.
Além da igreja, Carlo Acutis gostava de computadores e tinha um conhecimento de ciência da computação muito acima da média para garotos da sua idade.
"Este rapaz foi realmente genial e muitos aspectos da sua vida representam para nós um incentivo", disse o bispo de Assis, Dom Domenico Sorrentino, ao site de notícias do Vaticano.
Carlo Acutis — Foto: Site Carlo Acutis
Milagre no Brasil
Após a morte de Carlo Acutis, o padre Marcelo Tenório, da Paróquia São Sebastião, em Campo Grande, passou a realizar a missa anual de Nossa Senhora Aparecida sempre com a exposição de uma roupa que teria sangue do beato italiano.
Em uma dessas missas, no ano de 2010, um avô desesperado com o diagnóstico do neto doente o levou até a paróquia. Segundo a família, o garoto foi curado após tocar a vestimenta.
"A criança, me lembro bem, estava raquítica e tinha problemas de pâncreas anular. Ela não comia nada, não ingeria nem sólido, nem líquido, e teve a cura logo depois", afirmou o padre Marcelo Tenório, em entrevista ao g1 MS.
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