- Pela Redação
- 29/05/2023
Terra
Um asteroide recém-descoberto assumiu o topo da lista de risco à Terra após astrônomos da Agência Espacial Europeia (ESA, em inglês) calcularem sua rota e descobrirem que ele pode 'esbarrar' no planeta em menos de uma década.
Em atualização publicada na última quarta-feira, 29, a ESA afirmou que 'monitora de perto' o asteroide 2024 YR4. A rocha, segundo a agência, possui entre 40 e 100 metros de diâmetro, e deve ficar próxima à Terra a partir de 2032.
Apesar de remotas, as chances de impacto não são nulas, ressalta a agência. "Asteroides desta proporção costumam colidir contra a Terra em intervalos de alguns milhares de anos, e são capazes de provocar grandes danos a uma região". Em números, a ESA aponta que a chance de uma colisão é de 1,2%.
"O Asteroide 2024 YR4 tem 99% de chances de passar, com segurança, pela Terra em 22 de dezembro de 2032, mas um possível impacto ainda não pode ser descartado", afirmou a agência. Por outro lado, a ESA aponta que 'ainda é muito cedo para determinar um possível local de impacto'.
Ainda que as chances de impacto sejam consideradas baixas, as observações fizeram com que os especialistas classificassem o asteroide na categoria 3 da escala Torino, que vai de 0 a 10 e prevê os riscos de impactos de objetos espaciais e suas consequências ao planeta. Neste caso, o 2024 YR4 é considerado um asteroide que 'merece atenção'.
Próximos passos
Duas características do asteroide fizeram com que a ESA acionasse protocolos de monitoramento e reação: a possibilidade de ter mais de 50 metros de diâmetro e uma probabilidade de impacto, maior do que 1%, dentro dos próximos 50 anos.
Uma questão que dificulta o monitoramento é a órbita do asteroide, alongada ao redor do Sol. Isso faz com que a rocha se distancie da Terra em linha reta, fazendo com que os astrônomos não consigam calcular a órbita do objeto a partir das curvas em sua trajetória.
A agência aponta, ainda, que o asteroide sairá do campo de visão da Terra nos próximos meses. Nesse período, os astrônomos irão coordenar observações com telescópios cada vez mais poderosos, contando também com o Very Large Telescope (VLT), equipamento europeu de grandes proporções instalado no Chile.
Provavelmente, o asteroide deixará o campo de visão dos observadores antes que os especialistas possam descartar qualquer possibilidade de impacto. Assim, o 2024 YR4 permanecerá na lista de risco da ESA até 2028, quando voltará a ser observável.
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