Júlio Campos elogia investimentos de Lula, mas reafirma apoio a Bolsonaro

Redação do rufandobombonews 

Mesmo se declarando um “bolsonarista de carteirinha”, o deputado estadual Júlio Campos (União Progressista) reconheceu, em entrevista ao site Estadão.mt, que o governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) tem se mostrado mais efetivo na destinação de investimentos para o Estado de Mato Grosso do que o governo anterior, de Jair Bolsonaro.

Campos explicou que seu apoio a Bolsonaro se dá por questões ideológicas e pela equipe ministerial que considerou competente, como Tereza Cristina na Agricultura e Paulo Guedes na Economia. “Eu votei no Bolsonaro e acho que ele fez um bom governo. Vários ministros dele fizeram um excelente trabalho”, pontuou o deputado.

No entanto, ao comparar os resultados concretos em Mato Grosso, Júlio Campos admitiu que os investimentos do governo Lula são mais expressivos. “Se comparar em termos de obras e investimentos, o governo Lula tem sido muito mais favorável a Mato Grosso do que foi o governo Bolsonaro”, afirmou.

Ele citou, entre as principais ações do atual governo, a liberação de dois grandes financiamentos para o Estado: R$ 1,5 bilhão pelo Banco do Brasil e R$ 5 bilhões pelo BNDES, voltados principalmente para a duplicação da BR-163, considerada uma obra estratégica para a logística estadual. Além disso, destacou os recursos destinados para a conclusão do Hospital Júlio Müller e os avanços em programas sociais e habitacionais.

Sobre o governo Bolsonaro, Campos lembrou a conclusão de um trecho da BR-163, mas já no Estado do Pará, e a duplicação de um trecho no Distrito Industrial de Cuiabá, obra viabilizada pelo então ministro da Infraestrutura, Tarcísio de Freitas.

Apesar das diferenças ideológicas, o deputado reforçou que não é radical e que mantém o respeito institucional ao atual presidente. “Não tenho nada contra o governo do presidente Lula. Pessoalmente, eu o respeito como presidente da República. Não vamos desconhecer o que está sendo feito. Eu não sou radical a ponto de não reconhecer isso”, finalizou.