- Pela Redação
- 29/05/2023
O GLOBO
Enquanto ainda patina para arregimentar uma base coesa no Legislativo, o governo mira no horizonte eleitoral disputas que deverão criar arestas com partidos aliados. Levantamento feito pelo GLOBO mostra que o PT tende a enfrentar candidatos de União Brasil, MDB ou PSD em 23 das 26 capitais. A tríade de siglas de centro — que votou em peso para a aprovação da Reforma Tributária, quinta-feira, após “traições” em outros temas caros ao Palácio do Planalto — responde por nove ministérios. Mas, a pouco mais de um ano do pleito, seus caciques já avaliam como lidarão com a promessa do presidente Lula de se engajar em campanhas petistas às principais prefeituras. As articulações estão em andamento. Em São Paulo, o racha é praticamente certo. A tendência é uma disputa polarizada entre o prefeito Ricardo Nunes (MDB) e o deputado federal Guilherme Boulos (PSOL-SP), que tenta amarrar o apoio do PT e reunir outras legendas de esquerda.
Há um componente a mais na capital paulista: a busca de Nunes pelo eleitorado bolsonarista, ainda sem um nome após a desistência do deputado federal Ricardo Salles (PL-SP). Na semana passada, o prefeito posou para uma foto ao lado de Jair Bolsonaro e de Valdemar Costa Neto, presidente do PL, sigla que o prefeito tenta atrair. Prioridades
Outro exemplo de antagonismo entre o PT e legendas de centro é Porto Alegre. O prefeito Sebastião Melo (MDB), provável candidato à reeleição, deverá ter pela frente um candidato do PT, como Edegar Pretto, que disputou o governo do Rio Grande do Sul no ano passado. Hoje à frente da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), ele evita falar em nomes, mas diz que a legenda busca construir uma candidatura de oposição ao emedebista junto com PSOL, PSB e PDT.
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