"Eleição em MT será imprevisível, avalia Gilmar Fabris"

Márcio Eça do rufandobombonews 

Com ampla experiência nos bastidores políticos de Mato Grosso, o ex-deputado estadual Gilmar Fabris avalia que a eleição para o governo do Estado, em 2026, será marcada por incertezas — especialmente no campo da direita, que, segundo ele, está completamente desarticulada.

“A direita não é unida em torno de uma única candidatura. É candidatíssima a perder”, disparou Fabris, ao comentar o cenário atual, repleto de nomes cogitados, mas sem qualquer articulação concreta.

Segundo ele, entre os possíveis pré-candidatos estão Otaviano Pivetta, Jaime Campos, Hélio Tufagundes, a deputada Janaína Riva e o senador Wellington Fagundes. “Você conversa com o Wellington, ele diz que é candidatíssimo. O mesmo com o Pivetta e o Jaime. Já a Janaína diz que está pronta: pode ser governadora, pode ser senadora... Mas ninguém se une”, pontuou.

Fabris alertou que, enquanto a direita segue fragmentada, a esquerda pode crescer e surpreender na reta final. “Se essa divisão continuar, a esquerda pode lançar um nome competitivo e até chegar ao segundo turno — e ganhar. Basta ver o desempenho do Lúdio Cabral na eleição passada”, afirmou, citando também a deputada federal Rosa Neide como possível opção do campo progressista.

Para Fabris, a disputa interna nos partidos só agrava a confusão. “O governador Mauro Mendes é do União Brasil, mas apoia um nome do Republicanos. Aí o senador Alcolumbre me diz que, se o Jaime quiser, ele é o candidato do União. Ou Mauro sai do partido, ou vai ter que apoiar o nome da sigla. Isso gera conflito interno”, destacou.

Questionado sobre uma possível candidatura de Mauro Mendes ao Senado, Fabris reforçou o clima de indefinição: “Ele é forte, mas ele mesmo diz: ‘posso ser e posso não ser’”.

Ao final, resumiu o cenário com franqueza: “A direita só tem chance se estiver toda unida em torno de um nome. E você me pergunta: Gilmar, isso é possível? Para mim, impossível”.