- Pela Redação
- 29/05/2023
Márcio Eça da redação
A vereadora Maysa Leão, uma das críticas mais ferrenhas da gestão do prefeito Abílio Brunini, afirmou nesta quinta-feira (11) que as alterações feitas pelo Executivo na LOA 2026 vão prejudicar diretamente as pastas da Mulher, Cultura, Esporte e, principalmente, o gabinete da vice-prefeita Vânia Rosa. Segundo ela, além dos cortes, os vereadores não tiveram tempo hábil para analisar as mudanças antes da votação prevista para a próxima semana.
> “Qual que é a grande preocupação? Primeiro a gente recebe uma LOA que fica aqui com tempo hábil para estudar, fazer emendas modificativas, apresentar algo. E aí, quando a gente faz todo esse estudo, ela é retirada e devolvida nas vésperas do encerramento do processo legislativo. A gente tem que correr.”
Maysa afirma que, ao analisar o novo texto, detectou reduções drásticas em setores essenciais.
> “Quando a gente percebe que a Secretaria da Mulher foi afetada, que foi esvaziado o orçamento da vice-prefeita, de esporte e lazer, de cultura… Isso significa que Cuiabá, uma capital que está no Estado mais violento contra crianças e mulheres, terá no ano que vem uma Secretaria que vai operar no negativo.”
Segundo a vereadora, a Secretaria da Mulher já enfrentava dificuldades para além da folha de pagamento — situação que deve se agravar com o orçamento reduzido.
> “A Secretaria da Mulher operava com cerca de 8 milhões e só conseguia pagar a folha. As ações sempre dependeram de iniciativas público-privadas. E agora, com 4 milhões? Vai ter exoneração? Vai fechar setor? O que já não é bom vai ficar pior.”
Ela destacou o trabalho da secretária Hadassa, mas disse temer que a falta de recursos inviabilize políticas públicas.
> “A secretária Hadassa é excelente, tem experiência, pode implementar políticas públicas importantes. Mas, sem verba nem para a folha, qual é o planejamento do prefeito?”
Maysa também direcionou críticas duras ao que classificou como “esvaziamento” da vice-prefeitura.
> “Ele esvaziou totalmente a verba da vice-prefeita. Ela vai ter onde sentar? Vai poder pegar um café? Ter assessoria? Foi eleita junto com ele com a narrativa de que faria parte da gestão. Hoje ela foi destinada a não trabalhar, silenciada por um decreto que a impede de representar a prefeitura e agora silenciada pela falta de orçamento.”
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