Operação mira ex-deputado e ex-presidente da Metamat por esquema de R$ 22 milhões

Poço Sem Fundo



Redação do rufandobombonews 

A Delegacia Especializada de Combate à Corrupção (Deccor) deflagrou, na manhã desta quinta-feira (8), a Operação "Poço Sem Fundo", que investiga um esquema de desvio de recursos públicos por meio de contratos fraudulentos firmados pela Companhia Mato-Grossense de Mineração (Metamat). A ação mira o desvio de pelo menos R$ 22 milhões, envolvendo a perfuração de poços artesianos entre 2020 e 2023.

 

Entre os alvos da operação estão o ex-deputado estadual Wagner Ramos, atual diretor administrativo da Metamat, o ex-presidente da companhia Juliano Jorge Boraczynski, e o diretor-técnico Francisco Holanildo Silva Lima. Juliano Jorge, irmão do falecido ex-deputado Romaldo Júnior, atualmente ocupa um cargo na Assembleia Legislativa.

 

A investigação teve início após denúncia do próprio Governo do Estado. Auditorias da Controladoria Geral apontaram inúmeras irregularidades nos contratos, como poços inexistentes, construções em áreas privadas e perfurações sem condições de uso. A Metamat está em processo de extinção desde novembro de 2024.

 

A operação cumpre 226 ordens judiciais, incluindo 30 mandados de busca e apreensão, sequestro de 49 imóveis e 79 bens móveis, além de bloqueio de contas bancárias e afastamento de servidores. As empresas envolvidas estão proibidas de contratar com o Estado e os investigados não poderão assumir cargos públicos.

 

O nome "Poço Sem Fundo" remete ao jargão popular, simbolizando o sumiço de verbas públicas em contratos supostamente destinados ao abastecimento de água em comunidades rurais de Mato Grosso.

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