Mato Grosso já registrou quase a quantidade de feminicídios que em 2024

LIDERANÇA NACIONAL



Dados do Observatório Caliandra, do Ministério Público de Mato Grosso (MP-MT), apontam que o estado já registrou 45 casos de feminicídio entre janeiro e meados de outubro deste ano. Somente neste mês, cinco mulheres foram assassinadas.

De acordo com o levantamento, os meses de maio, junho, julho e outubro concentram o maior número de ocorrências. Foram 7 casos em maio, 10 em junho, 5 em julho e 5 feminicídios somente nos primeiros 15 dias de outubro.

O relatório também mostra que 21 dos crimes ocorreram à noite, 15 pela manhã e 9 à tarde. Os dias da semana com mais registros são quinta-feira, sábado e domingo, revelando um padrão de violência que se repete nos fins de semana.

Mato Grosso segue como líder nacional em feminicídios pelo segundo ano consecutivo, sendo o estado onde mais mulheres são assassinadas em razão do gênero. Em 2024, foram 47 casos, e em 2023, 46.

Relembre alguns casos recentes

O feminicídio mais recente foi registrado em Nova Lacerda, na terça-feira, 14 de outubro. Gabriella da Fonseca Moura, de 36 anos, foi morta com dois golpes de faca pelo ex-marido, Rafael Rodrigues, de 32 anos.

Segundo as investigações, Rafael invadiu a casa da vítima armado com uma faca e carregando uma corda, que seria usada para amarrar os filhos de Gabriella, de 14 e 19 anos. Eles tentaram impedir o ataque e entraram em luta corporal com o agressor, que acabou ferido no tórax e foi internado. Gabriella, no entanto, morreu antes de receber socorro.

Outro caso brutal ocorreu em Nobres, na segunda-feira, 13 de outubro. Jucieli Ribeiro Caju Boa Morte, de 30 anos, foi assassinada a tiros pelo ex-companheiro, Luciano Oliveira de Souza, de 32 anos.

Jucieli saía de casa com o atual namorado quando foi surpreendida pelo criminoso armado. O casal tentou fugir, mas Luciano arrombou a janela e invadiu o imóvel. A mulher foi atingida por dois tiros e morreu no hospital. O namorado reagiu, entrou em luta corporal com o agressor, tomou a arma e matou Luciano.

O casal havia ficado junto por um ano e cinco meses, mas, após o término, Luciano não aceitava o fim do relacionamento. Jucieli já havia sido agredida duas vezes e possuía medida protetiva contra o ex.

Em Sinop, no dia 6 de outubro, Geovana Diogo da Silva, de 21 anos, foi morta asfixiada pelo namorado, Pedro Padilha de Oliveira, de 53 anos, dentro de um quarto de hotel.

O homem foi preso horas depois e, em depoimento, confessou o crime, afirmando que matou a companheira após descobrir uma suposta traição. Ele foi autuado em flagrante e permanece preso.

Fonte: Estadão Mato Grosso

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