- Pela Redação
- 29/05/2023
Redação
O centenário da União dos Escoteiros do Brasil foi celebrado em sessão solene realizada pela Assembleia Legislativa de Mato Grosso (ALMT), na noite desta quinta-feira (21). Na ocasião foram entregues 82 moções de aplausos para pioneiros, chefes, lobinhos e voluntários, considerados exemplos pelo escotismo em Mato Grosso.
O deputado Júlio Campos (União), requerente da solenidade, destacou a importância do movimento escoteiro, observando que sua atuação gera um impacto transformador nas comunidades. De acordo com o parlamentar, o escotismo contribui para um contínuo processo de aprendizado, despertando e formando lideranças, estimulando o crescimento pessoal e dos grupos, bem como, demonstrando a importância dos serviços à comunidade. “São cem anos funcionando e prestando relevantes serviços à comunidade, fazendo com que as nossas juventudes tenham mais experiência e mais capacidade. Com treinamentos que preparam lideranças, com mente aberta e preparada para fazerem a diferença”, destacou Campos.
“Deixe o mundo um pouco melhor do que o encontrou”. Essa era a mensagem propagada pelo criador e patrono do movimento escoteiro, o britânico Robert Baden-Powell, quando reuniu o primeiro grupo, em 1907, na Inglaterra. Ao Brasil chegou em 1910, mas foi somente em novembro de 1924 que a entidade se consolidou com a fundação da União dos Escoteiros do Brasil (EUB).
“São cem anos dedicados a promover a formação de jovens atuantes para a construção de uma sociedade mais justa e solidária”, destacou a diretora regional de relações institucionais da UEB, Flaviane Ramalho. “Nosso trabalho é totalmente voluntário e voltado para formar crianças e adolescentes, preparando o caráter, o físico, o social, o afetivo para que sejam agentes transformadores na construção de um mundo mais justo e solidário”, destacou.
De acordo com o parlamentar, o escotismo contribui para um contínuo processo de aprendizado, despertando e formando lideranças
Foto: GILBERTO LEITE/ALMT
Ela explica que dirigentes são escotistas que seguem o compromisso de fazerem a diferença social e realizam o trabalho de forma voluntária. “É um trabalho centenário, então hoje é um momento muito importante para nós escoteiros ter essa visibilidade. Porque é um trabalho realizado todo por voluntários. Ninguém aqui tem uma remuneração, todos nós fazemos por amor à criança e adolescente e pelo juramento de fazer a diferença na comunidade”, ressaltou a diretora.
Quando ingressou no escotismo em 1962, o escoteiro Mauro Cesar Souza não fazia ideia de como a experiência transformaria a sua vida. “Particularmente, foi um diferencial na minha formação de caráter, de cidadão, desde que eu ingressei no movimento escoteiro”, relembra. Souza é o membro mais antigo da UEB em Mato Grosso. “Já faz 56 anos que participo do mesmo grupo, o grupo escoteiro Centro América, que foi fundado no dia 3 de abril de 1962, por iniciativa da Federação do Comércio na época. De lá pra cá nós estamos fazendo a prática da cidadania, do desenvolvimento do caráter de crianças a partir de sete anos, até os adultos com 63 ou mais”, contou.
Atualmente, segundo o diretor regional de métodos educativos, Bruno Cardoso Maiolino, são mais de 20 milhões de adeptos no mundo. No Brasil, existem cerca de 70 mil escoteiros, destes, 1200 estão em Mato Grosso, distribuídos nos 14 grupos presentes em sete municípios além de Cuiabá. “O movimento é, antes de tudo, uma mobilização educativa e tem o objetivo de colaborar com o desenvolvimento da juventude por meio do trabalho, da espiritualidade e da força do caráter”, enfatizou. Dentre os ensinamentos, além de práticas campistas, os escoteiros também aprendem sobre a importância da preservação ambiental, do compromisso cidadão com a pátria e da espiritualidade como norteadores da sua construção social.
Para o estudante, Pedro Reis, de 9 anos, ingressar no grupo de escoteiros despertou interesses para vivências que não fazia ideia antes. “Eu sou lobinho. Entrei no início do ano e o que mais gostei foi de fazer o juramento”, contou. Ele explicou que as atividades o ajudaram a ver as coisas de maneira diferente e que o juramento o fez entender o valor do compromisso para conseguir coisas importantes. “Eu queria sair do grupo iniciante e ser reconhecido. Para isso tem que cumprir as tarefas e entender que o juramento faz parte da vida”, afirmou.
A União dos Escoteiros do Brasil (UEB) - Fundada em 4 de novembro de 1924, trata-se de uma associação com atuação nacional, sem fins lucrativos, de caráter educacional, cultural, beneficente e filantrópico, que congrega todos que praticam o Escotismo no Brasil. É a única organização brasileira reconhecida pela Organização Mundial do Movimento Escoteiro, sendo titular deste registro internacional desde sua fundação. A instituição é responsável por dirigir e acompanhar as práticas escoteiras nas unidades escoteiras locais, espalhadas em todo o território nacional brasileiro.
Para participar, não tem idade. A partir dos seis anos e meio qualquer um é bem-vindo. Neste caso, será identificado de lobinho. Logo depois, a partir dos 11 anos, terá a oportunidade de ingressar no ramo escoteiro. Na sequência, poderá integrar os ramos sênior, pioneiro e adulto voluntário. No site da União dos Escoteiros do Brasil é possível obter informações detalhadas, e localizar uma unidade próxima da residência, que podem ser grupos escoteiros ou seções escoteiras autônomas, onde são realizadas as atividades práticas do escotismo, e acontece o contato direto entre os jovens e a comunidade.
Atualmente, a Organização Mundial do Movimento Escoteiro, fundada por Baden-Powell, conta com mais de 28 milhões de membros em 216 países. É a maior associação mundial de jovens. Calcula-se que mais de 500 milhões de pessoas em todo o mundo já tenham se comprometido em viver em acordo com as premissas do escotismo. As informações foram obtidas no site da União dos Escoteiros do Brasil (www.escoteiros.org.br).
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