Trump fechou acordos com UE, Japão e China, mas deixa Brasil de fora

Tarifaço



Metropoles 

A cinco dias do fim do prazo estipulado pelo governo dos Estados Unidos para que os demais países entrem em um acordo com Washington a respeito das tarifas comerciais impostas pelo presidente norte-americano Donald Trump, o Brasil vai ficando no fim da fila e com chances cada vez menores de escapar do chamado “tarifaço”.

“A UE vai concordar em comprar dos EUA US$ 750 bilhões em energia”, afirmou Trump. De acordo com o republicano, a UE também concordou em investir US$ 600 bilhões nos EUA a mais do que já está investindo. O acordo é semelhante ao fechado com os demais países que conseguiram diálogo com a Casa Branca, como o Japão.

O acordo irá “reequilibrar, mas permitir o comércio de ambos os lados”, disse Von der Leyen, reconhecendo a necessidade de balancear a relação (veja abaixo mais detalhes do acordo entre norte-americanos e europeus).

Também neste domingo, em entrevista à Fox News, o secretário do Comércio dos EUA, Howard Lutnick, afirmou que a nova rodada do tarifaço de Trump entrará mesmo em vigor na próxima sexta-feira, dia 1º de agosto, sem possibilidade de prorrogação do prazo determinado pela Casa Branca.

O Brasil é o país que foi alvo das maiores taxas. Trump anunciou a aplicação de tarifas extras de 50% sobre todos os produtos exportados pelo Brasil aos norte-americanos. Até o momento, não houve avanço significativo nas negociações entre os governos brasileiro e dos EUA.

Os EUA também instauraram investigação comercial, aberta pelo Escritório do Representante de Comércio dos EUA (USTR, na sigla em inglês), a pedido de Trump. O governo norte-americano afirma que a análise pretende investigar supostas práticas comerciais desleais do Brasil em relação aos EUA e cita como exemplo as recentes disputas judiciais envolvendo plataformas digitais.

União Europeia

Neste domingo, a reunião entre Trump e Von der Leyen sacramentou o acordo comercial entre europeus e norte-americanos. As tarifas de 30% impostas por Trump serão reduzidas para 15%, em formato semelhante ao que ocorreu com o Japão.

Os detalhes do acordo ainda não foram divulgados por completo. Mas a tendência é que essa alíquota de 15% seja aplicada a setores como o automotivo e o farmacêutico e não acrescentada às chamadas tarifas “de longa data” dos EUA, que giram em torno de 5%.

Também estão sobre a mesa concessões para setores específicos da economia europeia, entre os quais o aéreo, o de medicamentos e o de produtos agrícolas.

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