- Pela Redação
- 29/05/2023
ISTOÉ Gente
O rapper Mauro Davi dos Santos Nepomuceno, conhecido como “Oruam”, publicou uma carta em seu Instagram na quarta-feira, 10, endereçada a fãs, amigos e familiares. No documento, o músico nega ser um traficante e relata ser alvo de “descaso” e “injustiça” na forma como sua situação foi tratada.
“Estou pagando por erros, mas também sendo julgado de forma desigual, carregando nas costas acusações que não correspondem à minha verdade. Mais do que uma pena, sinto o peso de uma perseguição que tenta manchar a minha história e a minha arte”, escreveu o rapper.
Oruam acrescentou que se acostumou a visitar prisões quando ia se encontrar com seu pai, Márcio dos Santos Nepomuceno, o Marcinho VP, apontado como um dos líderes do CV (Comando Vermelho). “Hoje, quando minha família vem me ver o que mais quero é ir embora junto com eles”, pontuou.
No documento, o músico pediu desculpas a seus fãs e familiares. “Quero que entendam que sou um rapper, não um traficante. Esse é o meu momento de rever meus erros, de refletir e de me levantar mais forte.”
A prisão de Oruam
Na madrugada de 22 de julho, agentes da Delegacia de Repressão a Entorpecentes (DRE) estiveram na mansão de Oruam, na bairro do Joá, área nobre da cidade de Rio, para cumprir mandado de busca e apreensão contra um menor acusado de tráfico, que estaria recebendo abrigo do rapper.
Após a apreensão, segundo os policiais, o cantor e outras sete pessoas lançaram pedras a partir da sacada da residência contra os agentes, que precisaram se esconder na viatura.
O Ministério Público ofereceu denúncia por tentativa de homicídio. Oruam acabou se entregando à polícia. Antes, ele chegou a fazer uma publicação nas redes sociais reconhecendo ter agido mal diante da operação dos agentes na sua casa.
“Eu errei. Desculpa aí todo mundo, vou provar para vocês que não sou bandido. Vou dar a volta por cima e depois vou vencer através da minha música. Ontem [madrugada], eu tava muito nervoso com tudo que aconteceu. Quero dizer aos meus fãs que amo muito vocês”, disse ele na ocasião em uma postagem, que foi apagada momentos depois.
Além de tentativa de homicídio contra os agentes, o cantor responde pelos crimes de tráfico de drogas, associação ao tráfico, resistência qualificada, desacato, dano qualificado, ameaça e lesão corporal.
A defesa destaca que o artista foi inicialmente acusado por tráfico de drogas e associação para o tráfico, mas a acusação foi reclassificada como tentativa de homicídio.
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