'Cheguei no SBT com aquilo na mão': Rodrigo Faro relembra encontro com Silvio Santos e 'bênção' para filme

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Desde o lançamento dos primeiros materiais de divulgação de "Silvio", a caracterização de Rodrigo Faro chamou a atenção e se destacou em redes sociais, embora talvez não pelos motivos desejados pela produção do filme. Já em cartaz nos cinemas, o filme narra as horas de sequestro vividas pelo apresentador em 2001, quando foi feito refém em sua casa por Fernando Dutra Pinto, o mesmo que havia sequestrado Patrícia Abravanel dias antes. 

Embora ciente das críticas, Faro prefere falar sobre a intenção de homenagem do longa, que estreia nesta quinta (12) nos cinemas, quase um mês após a morte de Silvio aos 93 anos. "Foi um filme feito com muito amor para alguém que, especialmente para mim, é uma referência. Fizemos esse filme com muito amor. Desde os roteiristas, os produtores, a direção brilhante do Marcelo [Antunez, diretor], o Roberto [d'Ávila, produtor], o Johnnas [Oliva, ator]. É um filme que traz um Silvio humano, num momento decisivo da vida dele."

O momento em questão é o sequestro já mencionado, que durou sete horas e serve como pano de fundo para o filme recordar alguns pontos-chave da biografia do comunicador, da infância à criação do SBT diante de uma concessão polêmica do canal 11. Em entrevista coletiva à imprensa, Faro destaca seu processo para entrar no personagem e a conversa que teve com Silvio Santos antes de aceitar o papel. 

'Cheguei no SBT com aquilo na mão'

Segundo conta o ator e apresentador, sua primeira reação assim que foi convidado para interpretar Silvio Santos em um filme foi negar. Anteriormente, ele já havia encontrado o dono do SBT somente no palco do Troféu Imprensa.

"Inicialmente, quando o Roberto me fez o convite, eu realmente pensei e falei 'não dá para aceitar porque é muito difícil fazer esse papel'. Então, quando cheguei em casa, falei para a minha esposa: 'Poxa, me chamaram para ser o Silvio Santos no cinema. Vou continuar apresentando o meu programa e está tudo certo'. Mas ela falou: 'Você não esteve com ele no Troféu Imprensa? Tudo o que vocês fazem juntos viraliza, por que você não fala com ele?' Então, mandamos uma mensagem para a assessoria dele para ver no que dava. No dia seguinte, veio a resposta: 'Olha, o Silvio quer receber o Rodrigo no camarim."

Faro continua:

"Cheguei no SBT literalmente com aquilo na mão. Nem Wi-Fi passava. Quando cheguei no camarim, ele estava assistindo Pantera Cor de Rosa, me perguntou o que eu estava fazendo ali e eu comecei a contar que havia sido chamado para fazer um filme e contar a história. Então, ele começou a perguntar e falar da vida dele. Aqueles 30 minutos que fiquei lá foram o maior laboratório que eu fiz nesse filme inteiro."

O ator conta que, nessa conversa, observou todos os movimentos e falas de Silvio Santos para entender como ele se comunicava fora dos palcos. Isso, posteriormente, seria o material base para ele durante as filmagens do longa. "Falei para ele: 'E eu vim aqui porque eu só vou fazer o filme se o senhor gostar da ideia e me permitir'. E ele disse que havia gostado da ideia, mas que a resposta final daria apenas no palco do programa e queria que eu participasse do programa. Fiquei mais nervoso ainda."

O final da história aconteceu, de fato, no palco do Programa Silvio Santos. "Dei aquele relógio que fala a hora para ele, o collant da Lady Gaga... fiquei quase 30 minutos no palco com ele, e no final ele disse que seria uma alegria ter uma biografia dele para mostrar aos netos."

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