- Pela Redação
- 29/05/2023
Márcio Eça do rufandobombonews
O procurador de Justiça José Antônio Borges afirmou, em entrevista ao Jornal do Meio-Dia da TV Vila Real, que o modelo de escolas militarizadas tende a reforçar uma cultura machista e misógina. Segundo ele, o histórico desse formato educacional revela um ambiente de rigidez excessiva, especialmente sensível na fase da adolescência, quando meninos e meninas estão em pleno processo de formação e descoberta.
Borges destacou que regras impostas às estudantes, inclusive no modo de se vestir e se comportar, carregam padrões culturais que acabam reproduzindo a lógica de submissão feminina. Para ilustrar, lembrou que materiais usados por professores em 2020 reforçavam estereótipos como “menina veste rosa, menino veste azul”, associados a uma visão conservadora de gênero e à ideia de obediência das mulheres.
O procurador citou estudos acadêmicos que apontam que determinadas normas presentes em escolas militarizadas podem contribuir para a naturalização da desigualdade entre homens e mulheres. Ele resumiu sua crítica afirmando que tais práticas refletem “uma resistência cultural” baseada na premissa de que “o homem manda e a mulher obedece”, algo que, em sua avaliação, precisa ser combatido no ambiente educacional.
0 Comentários
Faça um comentário