- Pela Redação
- 29/05/2023
O desembargador Paulo Sérgio Carreira de Souza, do Tribunal de Justiça de Mato Grosso (TJMT), negou, pela segunda vez, o pedido de prisão domiciliar para Carlinhos Bezerra, filho do ex-deputado federal Carlos Bezerra, que está preso pelo feminicídio de sua ex-namorada, Thays Machado, e pelo homicídio qualificado de Willian Cesar Moreno, ocorridos em janeiro de 2023. A decisão foi publicada na última quarta-feira, 15 de outubro, pela Segunda Câmara Criminal.
No habeas corpus, a defesa de Carlinhos Bezerra alegou que o acusado possui "quadro clínico grave", com diabetes e hipertensão, e que o sistema prisional não seria capaz de fornecer tratamento médico adequado. No entanto, o magistrado rejeitou o pedido, argumentando que, embora o réu tenha problemas de saúde, "eles não configuram um estado de extrema debilidade física ou risco iminente de morte", nem demonstram "impossibilidade absoluta de tratamento na prisão".
O desembargador também destacou que, quando esteve em prisão domiciliar anteriormente, Carlinhos descumpriu as condições determinadas pela Justiça. Entre as violações, constam deslocamentos não autorizados para realizar exames e, "mais grave, foi visto ladeado por seguranças armados fazendo compras em supermercado da capital". Além disso, o réu recusou-se a realizar cirurgias eletivas, assinando "negativa de próprio punho", o que, segundo a decisão, "enfraqueceu a tese de risco manejada pela defesa".
Os crimes ocorreram em 19 de janeiro de 2023, quando Carlinhos Bezerra, "por não aceitar o término com a servidora", ficou à espreita em frente ao prédio onde a mãe da vítima residia e surpreendeu o casal na portaria, atirando contra ambos em plena luz do dia. Ele foi preso em flagrante e permanece detido na Penitenciária Ahmenon Lemos Dantas, em Várzea Grande, aguardando julgamento popular.
Em sua decisão, o desembargador reforçou que a gravidade dos crimes – dois homicídios qualificados – e o descumprimento de medidas anteriores justificam a manutenção da prisão preventiva. Enquanto aguarda julgamento, Carlinhos Bezerra continua a impetrar "sucessivos recursos judiciais de cunho protelatório" para adiar a data do júri.
Fonte: Estadão Mato Grosso
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