- Pela Redação
- 29/05/2023
POR METROPÓLES
O juiz federal Alderico Rocha Santos, de 58 anos, pode enfrentar a punição máxima prevista para a magistratura: a aposentadoria compulsória. Segundo investigações conduzidas pelo Ministério Público Federal, Santos não conseguiu explicar a origem dos fundos utilizados para a aquisição de duas fazendas em Tocantins, compradas em 2022 pelo valor de R$ 33,5 milhões. A procuradora Ana Paula Mantovani Siqueira, responsável pelo pedido de aposentadoria compulsória, ressaltou que o patrimônio do juiz foi multiplicado por mais de 10 vezes em um ritmo que não condiz com seu salário oficial. A procuradora também mencionou “atos vedados à Magistratura (gestão de empresa), sucessivos atos escandalosos e atentatórios à dignidade, honra e ao decoro da função de juiz, e, por fim, uso para fins privados dos contatos e da posição de juiz”.
Em reclamação disciplinar protocolada na corregedoria do TRF-1 [Tribunal Regional Federal da 1ª Região], escreveu a procuradora: “O valor total apenas das duas fazendas compradas pelo magistrado em 2022 supera em mais de dez vezes o patrimônio declarado em 31/12/2008, o que reforça a necessidade de aprofundamento das investigações para análise da licitude da origem dos bens, uma vez que o exponencial crescimento patrimonial, salvo melhor juízo, não parece guardar compatibilidade com os rendimentos recebidos pelo desempenho de cargos públicos”.
0 Comentários
Faça um comentário