Produtores agradecem oportunidade de comércio na Feira da Agricultura Familiar

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Redação 

4ª Feira da Agricultura Familiar Produtiva e Solidária, realizada pela Prefeitura de Cuiabá por meio da Secretaria Municipal de Agricultura e Trabalho (SMAT), apresentou um mix de cores, sabores e aromas na Praça Alencastro, na segunda-feira (14). O evento iniciou às 15h e se estendeu até as 20h com amostras de produtos que já conquistaram espaço na cultura cuiabana. O evento é realizado sempre na segunda-feira da segunda semana de cada mês.

 

Dentre as opções haviam a laranja-cidra gigante, que não passava despercebida aos olhares do público. A fruta dá origem a um doce de agradável paladar, já produzido na comunidade Agroana Giral, no município de Poconé. Quem trouxe foi dona Brigite Pereira de Almeida, que, desde 2013, trabalha com a produção de diversos itens, como banana-da-terra, pepino, limão e, claro, os doces da laranja-cidra gigante.

 

“Nossa localidade produz muita coisa e, graças a Deus, participamos de diversas feiras e também vendemos de porta em porta. Por meio da Conab, vendemos para as escolas, o que foi muito bom, porque é difícil produzir e não ter onde entregar. Agora, temos entrega garantida e ainda participamos de eventos como este, aqui na Praça Alencastro”, destacou a produtora.

 

Ela nunca havia participado da Feira da Agricultura Familiar e saiu satisfeita. A oportunidade foi viabilizada por meio do técnico da Secretaria de Agricultura de Poconé, Benedito Aurélio, que procurou a SMAT. “Pedimos a oportunidade de estar nessa feira e mostrar nosso potencial produtivo. E fomos acolhidos. Ótimo integrar essa importante programação”, disse o técnico.

 

Já seu Gilson Zaique da Cruz é veterano em participar de feiras. Ele pertence ao assentamento Pai Joaquim, no Distrito da Guia, e vivenciou a experiência de vender na Capital no início da década de 1990. Desde então, tem expandido a clientela, incluindo a região do CPA. Entre seus produtos estão maxixe, abóboras, mandioca — branca e da variedade amarela — e frutas, como o mamão.

 

“É uma oportunidade que se amplia para nós. Vivemos disso, somos do campo, e poder colocar na mesa das pessoas o nosso produto, com a qualidade que mantemos, é bom para os dois lados”, destacou o produtor.

 

A feira contou com muitos outros atrativos, tanto na variedade de temperos, artesanato, farinhas, óleos de coco de babaçu e de castanha de baru — importantes fontes de fibras e antioxidantes — quanto doces, plantas e a gastronomia com pratos típicos. Entre eles, estavam o sarapatel com arroz branco e farofa, a tradicional Maria Izabel com farofa de banana, o bobó de galinha, entre outros.

 

Joilson Damião de Campos, que trabalha no Posto de Saúde do bairro Novo Terceiro, já é cliente do Mercado do Porto, em Cuiabá, e conhece bem a vantagem de consumir produtos frescos. Ele aproveitou para comprar na Feira da Agricultura Familiar, nesta segunda-feira (14).

 

“Acho ótimo, tem sempre de tudo. Além de comprar direto do produtor, a gente valoriza o trabalho deles, que sabemos, não é fácil”, declarou Joilson.

 

De fato, o objetivo da programação é incentivar a comercialização direta entre produtores e consumidores, promovendo a geração de renda, o empreendedorismo rural e a valorização dos produtos locais.

 

Também participaram produtores de outras comunidades próximas de Cuiabá, como Três Pedras, Pai Joaquim, Mineira, Marcolana, Terra Vermelha e de outros municípios da região do Vale do Rio Cuiabá, entre eles Acorizal, Santo Antônio, Poconé, entre outros, conforme revelou o coordenador técnico de Agricultura e Abastecimento da SMAT, Luiz Alberto.

 

LEGALIZAÇÃO

 

A expansão dos negócios depende do Selo de Inspeção Municipal (SIM), especialmente no caso de produtos de origem animal. O evento também foi uma oportunidade para que os produtores recebessem orientação das equipes da Secretaria Municipal de Agricultura e Trabalho, responsável pela emissão do SIM em Cuiabá. O prazo para regularização se encerra em agosto e, até o momento, cerca de 10 produtores já procuraram a SMAT em busca de orientação.

 

Os produtos não foram recolhidos pela Vigilância, mas não puderam ser comercializados por não apresentarem o Selo do SIM.

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