- Pela Redação
- 29/05/2023
Redação
O Ministério Público do Estado de Mato Grosso (MPMT) instaurou um inquérito civil para apurar possíveis práticas abusivas cometidas pela empresa Capital Consig S.A. em contratos de crédito consignado firmados com servidores públicos estaduais.
De acordo com o promotor de Justiça Miguel Slhessarenko Junior, há indícios de que os valores liberados nas operações foram inferiores aos contratados nas Cédulas de Crédito Bancário (CCB), gerando prejuízos financeiros aos consumidores. Os relatos apontam ainda que a empresa transferiu parte da execução dos serviços para instituições financeiras terceiras e não autorizadas, como a Cartos SCD e a BRK S.A., sem aval da SEPLAG ou da Desenvolve MT.
A investigação faz parte de uma força-tarefa criada pelo Decreto Estadual nº 1.454/2025, com base em auditorias realizadas pela Controladoria-Geral do Estado (CGE), que identificaram falhas graves na concessão dos empréstimos, inclusive falta de acesso aos contratos por parte dos servidores e ausência de informações claras.
Embora a Capital Consig tenha reconhecido alguns erros e adotado medidas corretivas, o MPMT afirma que isso só ocorreu após abertura de procedimento administrativo, sem atualização dos valores devidos e sem ampla comunicação aos consumidores afetados. O órgão avalia a adoção de medidas para reparar os danos causados e prevenir novas irregularidades.
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