- Pela Redação
- 29/05/2023
Redação
Após a confirmação do primeiro caso de intoxicação por metanol em um paciente morador de Várzea Grande, na região do Parque do Lago, a investigação passou a ser tratada como caso de polícia. A substância, altamente tóxica e proibida para consumo humano, é usada de forma irregular e clandestina na fabricação de bebidas alcoólicas e pode causar cegueira, coma e até morte.
O paciente, um jovem de 24 anos, permanece internado em uma unidade de terapia intensiva em hospital da Capital. Ele teria ingerido o líquido na casa de um amigo, durante uma ocasião social, e apresentou sintomas graves de intoxicação horas depois. Desde então, a Vigilância Epidemiológica tenta contato com o amigo citado para prestar esclarecimentos, mas ainda não obteve retorno.
Com a confirmação laboratorial de que o caso envolve metanol, o episódio agora tem natureza criminal. Caberá à Polícia Civil de Mato Grosso instaurar inquérito para apurar a origem da bebida, identificar os responsáveis e verificar se há fabricação, distribuição ou comercialização clandestina de produtos alcoólicos adulterados na região.
Paralelamente, a Vigilância Sanitária de Várzea Grande intensifica ações de fiscalização em bares, distribuidoras e pontos de venda da cidade, especialmente na região do Parque do Lago e em bairros vizinhos. O objetivo é identificar bebidas adulteradas, embalagens falsas, armazenamento irregular ou fabricação clandestina, prevenindo que produtos sem origem comprovada cheguem ao consumidor.
De acordo com o superintendente de Vigilância em Saúde, Carlos Valadares, as ações de inspeção serão mantidas de forma contínua. Ele reforçou o alerta à população sobre os riscos do consumo de bebidas sem procedência:
> “O metanol é uma substância extremamente tóxica. Mesmo pequenas quantidades podem causar danos irreversíveis à visão, ao sistema nervoso e levar à morte. Por isso, é fundamental que as pessoas comprem bebidas apenas em locais regularizados e evitem produtos de origem duvidosa”, alertou Valadares.
As autoridades reforçam que qualquer suspeita de comercialização de bebidas adulteradas pode ser denunciada de forma anônima à Vigilância Sanitária Municipal (65 98464-5062) ou à Polícia Civil (65 3614-6211), garantindo ações rápidas para impedir novos casos e proteger a saúde da população várzea-grandense.
0 Comentários
Faça um comentário